Anitta tem melhor reação sobre proposta para criminalizar o funk
A cantora Anitta usou seu perfil no Twitter para criticar uma proposta em discussão no Senado Federal que quer criminalizar o funk no Brasil. “Não mexe com quem tá quieto. Ou melhor… não mexe com quem tá se virando pra ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade”, escreveu.
A artista falou sobre os empregos gerados pelo gênero musical e o preconceito que ainda existe sobre o funk. Em relação ao conteúdo das letras, ela afirmou que se os compositores tivessem acesso à educação de melhor qualidade, a realidade seria outra.
Anitta lembrou das músicas em outros idiomas com letras semelhantes, mas que não sofrem discriminação no país, e fez uma provocação aos políticos. “A lei certa deveria ser que todo filho de quem decide nosso futuro fosse obrigado a estudar em uma escola pública sem cursinho particular”, disse.
Veja os posts abaixo:
22 mil desinformados que estão precisando sair do conforto de seus lares para conhecer um pouquinho mais do nosso país https://t.co/TYnUUGSh9R
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Ta tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria pra se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
O funk gera trabalho, gera renda.. pra tanta gente… uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Traduzirão as músicas de outros idiomas pra proibir as q não tem mensagens q agradam aos cultos ou é só uma discriminação mais direcionada?
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
A lei certa deveria ser que todo filho de quem decide nosso futuro fosse obrigado a estudar em uma escola pública sem cursinho particular
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Que sua família fosse obrigada a frequentar os hospitais públicos…
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
E não criminalizar uma das poucas formas que essa gente conseguiu pra ganhar a vida, amores… aí não
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Nao mexe com quem ta quieto. Ou melhor… nao mexe com quem ta se virando pra ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade
— Anitta (@Anitta) 9 de junho de 2017
Proposta
O funk pode estar com os dias contados. Pelo menos se depender do empresário paulista Marcelo Alonso. Ele é autor de uma proposta legislativa que visa criminalizar o funk, gênero musical característico da periferia.
Segundo o empresário, o funk “é uma vergonha para a sociedade brasileira”. “Os chamados bailes de “pancadões” são somente um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o menor adolescentes ao uso, venda e consumo de álcool e drogas, agenciamento, orgia e exploração sexual, estupro e sexo grupal entre crianças e adolescente, pornografia, pedofilia, arruaça, sequestro, roubo e etc”, afirma no texto da proposta.
O empresário conseguiu mais de 20 mil assinaturas no site do Senado, fazendo com que a proposta fosse encaminhada para a relatoria do senador Cidinho Santos (PR) na CDH (Comissão dos Direitos Humanos e Legislação Participativa).
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