Brasileiros criam rede social que doará dinheiro para ONGs
Para viabilizar a COOLTZ.org, Matheus e André lançaram uma campanha de financiamento coletivo; veja como ajudar
Insatisfeitos com a falta de relevância no conteúdo, excesso de anúncios e riscos à saúde mental dos usuários de redes sociais, dois jovens de São Paulo decidiram criar uma nova rede social segura e humanizada.
Idealizada por Matheus Finardi e André Medeiros, a COOLTZ.org promete separar as postagens por temas, como música, cinema, literatura, ativismo, esporte, entre outros, garantindo que os usuários não percam tempo com assuntos que não consideram interessantes.
Ao invés de anúncios na plataforma, eles pretendem gerar verba a partir de mensalidades (com preço justo) dos usuários que desejarem usar todas as funcionalidades. Mas, segundo os jovens, qualquer um poderá criar uma conta, compartilhar e visualizar conteúdo gratuitamente.
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Segundo o estudante de medicina da USP, Matheus Finardi, em junho de 2013 foi iniciada uma mudança na forma de atuação política, que passou a favorecer a mobilização horizontal, principalmente por meio das redes sociais. “Infelizmente, tais ferramentas que poderiam servir como vetor para um engajamento a favor das lutas que se fazem necessárias hoje – igualdade civil, crise ambiental e drásticas mudanças políticas –, se transformaram em bolhas de opinião”, afirma.
“Na COOLTZ, os algoritmos indecifráveis darão lugar aos cronológicos e nosso lucro será baseado na qualidade (e não na quantidade) do tempo online, o que nos ajudará na proteção contra as bolhas e as fake news, por exemplo. A substituição dos likes por comentários vai promover o debate ao invés do combate”, explica ele.
Para viabilizar a proposta da COOLTZ.org, Matheus e André lançaram uma campanha de financiamento coletivo com a meta de R$ 20 mil, dinheiro que será usado para contratar programadores e lançar uma versão de testes em breve. Com a ajuda de 76 pessoas, a meta já passou da metade. As doações, a partir de R$ 15, podem ser feitas até 18 de junho no site do projeto.
Quem ajudar a rede social, pode escolher uma ONG para receber parte da doação. “Além de um feed exclusivo para ativismo, repassaremos 10% dos nossos lucros líquidos para entidades filantrópicas, igual está sendo feito no financiamento coletivo. As entidades beneficiadas nesta fase são a Artemis (direitos da mulher); Instituto ADUS (qualidade de vida para refugiados); Casa Um (Acolhimento e cultura LGBT) e Sonhar Acordado (atividades para crianças em vulnerabilidade)”, completa Matheus.
Para saber mais, assista ao vídeo abaixo ou visite o site:
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