‘Em mulher não se bate nem com flor’, diz Naldo após agressões
O artista publicou um vídeo no YouTube para comentar o caso de violência doméstica contra a ex-esposa
O cantor Naldo Benny publicou um vídeo no YouTube nesta quinta-feira, dia 1º, em que fala sobre ter agredido a ex-esposa Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, em 2017, e também comentou os problemas com o seu primeiro casamento, que terminou em 2010.
“Quero deixar claro que não gostaria de passar, novamente, por esse momento desconfortável. Mas gostaria de pedir desculpa para o pessoal que me acompanha, ama o que eu faço”, disse Naldo. Segundo o artista, ele pagou um preço muito caro pelo que fez.
“A gente ainda não voltou. Reconheço e não concordo com tudo que eu sofri por isso. Também sofri por isso. Acredito que em mulher não se bate nem com flor”, declarou Benny. Ele chegou a ser preso por porte de arma, mas foi liberado no mesmo dia.
No entanto, o caso de violência doméstica trouxe consequências para sua carreira: o cantor foi excluído do elenco do programa “Dancing Brasil” e teve seu show no Réveillon de Copacabana cancelado. “Ando na rua com a cabeça baixa, tenho vergonha das pessoas. Não posso olhar a minha mulher a hora que eu quero (…) não posso ver minha filha na hora que desejo.”
Naldo ainda declarou que reconhece seus erros e busca melhorar. “Reconheci e aprendi que tenho a questão do meu passado, de coisas que eu via acontecendo em casa, com meu pai, com a minha mãe, com agressões e tal. Isso acabou me fazendo muito mal, eu tinha uma doença e todos os dias acordo ciente de que eu tenho um problema e preciso curar isso”, disse.
Assista ao vídeo:
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.
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