Greve geral: as cidades que protestaram contra as reformas
A greve geral convocada pelas principais centrais sindicais do Brasil resultou em protestos e paralisações nas cidades brasileiras nesta sexta-feira (28). Manifestações contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo Michel Temer foram marcadas em quase todas as capitais do país, além de cidades litorâneas e no interior.
Em São Paulo, ocorrem atos no centro da capital, próximo ao prédio da Prefeitura de São Paulo; no Largo da Batata, na zona oeste; e ainda na periferia da cidade. Foram registradas manifestações em bairros como Grajaú, Paralheiros, Perus, Jardim Ângela e Jardim São Luís. Outros protestos ocorreram no interior no estado, nas cidades de Ribeirão Preto e Pindamonhangaba.
No Rio de Janeiro, um protesto no centro da cidade contra as reformas foi esvaziado após a Polícia Militar jogar bombas nos manifestantes. Em Brasília, uma manifestação se estendeu por toda a manhã no gramado em frente ao Congresso Nacional.
Manifestações também foram registradas em Fortaleza, Vitória, Belo Horizonte, Rio Branco, Porto Velho, Curitiba, Aracaju, Teresina, Porto Alegre, Natal, Recife, Blumenau e Uberlândia.
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, 40 milhões de pessoas não foram ao trabalho nesta sexta. Vagner Freitas, da CUT, disse que o número de categorias que aderiram à greve mostra que essa é “a maior greve geral da classe trabalhadora”.
No Facebook, o presidente Michel Temer afirmou que, se aprovadas, as reformas “não irão tirar o direito de ninguém”. Ele diz que esse é um momento importante “para o país superar a mais profunda recessão econômica da história”. Na início da noite, ele soltou um comunicado oficial sobre as paralisações:
“As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo país. Houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações. Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente. Fatos isolados de violência também foram registrados, como os lamentáveis e graves incidentes ocorridos no Rio de Janeiro”, diz Temer em trecho do documento.
No comunicado, ele também cita as reformas que geraram a greve geral. “O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional”, diz Temer.
“De forma ordeira e obstinada, o trabalhador brasileiro luta intensamente nos últimos meses para superar a maior recessão econômica que o país já enfrentou em sua história. A esse esforço se somam todas as ações do governo, que acredita na força da unidade de nosso país para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico”, conclui.
Nas redes sociais, a hashtag #BrasilEmGreve foi o segundo tema mais comentado no mundo no Twitter nesta manhã. Confira o que comentaram no microblog:
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