Heloisa Faissol contou em livro que foi vítima de assédio sexual

A funkeira e socialite foi encontrada morta no Rio de Janeiro nesta quinta-feira

A funkeira e socialite Heloisa Faissol, de 46 anos, foi encontrada morta num apartamento em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, dia 2. A causa da morte ainda não foi divulgada pela Polícia Civil.

Heloisa trabalhou como modelo, atriz, estilista e artista plástica. Em 2000, entrou no funk com o nome artístico de Helô Quebra-Mansão, em referência à funkeira Tati Quebra-Barraco. Já em 2014, participou da 7ª edição do reality show “A Fazenda”.

Dois anos antes do programa, a socialite decidiu publicar um livro sobre sua vida, chamado “O luxo do lixo”. Em uma das partes da publicação, Heloisa contou que foi vítima de assédio sexual quando criança e adolescente – por gente que frequentava sua casa e família.

Em 2012, Heloisa publicou um vídeo sobre sua vida

Em entrevista à revista “Glamour“, em 2014, a funkeira relatou os casos de abuso. “Passei muitos anos com algo preso dentro de mim, sem falar, que foram os assédios sexuais que sofri. O primeiro, aos 3 anos de idade, pelo filho da empregada da casa dos meus pais”, disse.

“A segunda vez, quando tinha 12 anos, pela minha professora na Hípica do Rio de Janeiro. Ela, junto com um amigo de meu pai, me torturaram muito. Não foi um estupro específico, mas muitos assédios sexuais, com palavras, gestos e ameaças. Lembro de chorar e não falar nada pro meu pai porque ela me ameaçou dizendo que ele, além de não acreditar em mim, tiraria meu cavalo, que era minha paixão”, completou.

Ao “Programa do Jô”, na época de lançamento do livro, Heloisa descreveu a obra como um resumo de “lembranças engraçadas e trágicas”. “Meu livro mostra como é a vida das pessoas que tiveram uma vida boa e farta nos bastidores e não o que está nas revistas”, descreveu ela.

  • Andar pelas ruas e ouvir um comentário obsceno sobre o seu corpo é um elogio? Ouvir uma cantada no ambiente de trabalho é algo natural? A resposta para essas perguntas é NÃO. Tudo isso é assédio sexual. Veja aqui como denunciar.