Homem joga ácido em esposa após ter mais uma filha mulher

O agressor queria um menino; veja como agir em caso de violência doméstica

09/03/2018 22:19

A vítima sofreu queimaduras no rosto, mãos e barriga
A vítima sofreu queimaduras no rosto, mãos e barriga

Mais um caso de violência doméstica e machismo. Desta vez, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. A jovem Farah, de 25 anos, foi atacada por seu marido, Siraj, de 32 anos, após dar à luz a sua segunda filha. Insatisfeito por ter mais uma menina, o agressor, que queria um filho homem, derramou ácido na esposa enquanto ela dormia.

A vítima sofreu queimaduras no rosto, mãos e barriga e está em um hospital em Moradabad, na Índia. Farah e Siraj eram casados há oito anos, mas tudo começou a sair do controle quando a mulher teve a primeira filha. “Depois do nascimento de minha primeira menina, meus cunhados me colocaram como alvo. Era como se eu escolhesse o sexo da criança que gerei”, disse em entrevista ao Daily Mail.

A mãe das duas crianças contou que nunca se separou do homem por pensar nas filhas e porque não tinha dinheiro para manter a família. “É por isso que me submeti a essa tortura“, lamentou.

“O assédio foi aumentando com o passar do tempo e no último ano as coisas ficaram mais sérias. Quando eu não dava dinheiro para ele, apanhava. Eu estava tentando viver a minha vida, mesmo com a dose diária de tortura. Nunca poderia imaginar que ele jogaria ácido em mim”, continuou.

Veja como denunciar a violência doméstica

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

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