MC Carol relata pela primeira vez casos de estupro que sofreu
A artista publicou o texto após a repercussão da música "Surubinha de Leve"
Após a repercussão da música “Surubinha de Leve”, que foi retirada do Spotify, Deezer e YouTube por fazer apologia ao estupro, a cantora MC Carol relatou no Facebook, pela primeira vez, três tentativas de estupro que sofreu desde a infância.
“Alguns homens e até algumas mulheres estão tentando explicar a música ‘Surubinha de Leve’ dizendo que ele apenas esta retratando uma realidade onde as mulheres vão pro baile caçar macho, pra bancar bebida e a surubinha acontece por conta disso, etc”, diz a funkeira no início do texto.
“Vamos lá, vou escrever aqui uma coisa que nunca falei em entrevistas, que me dói muito ao lembrar e que faz parte de uma realidade que a gente ainda vive”, continua MC Carol.
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De acordo com a publicação, a cantora sofreu a primeira tentativa de estupro aos 8 anos de idade. Um homem de cerca de 60 anos, amigo de seu avô, fez uma armadilha para levá-la até sua casa. “Ele me trancou, tirou minha roupa à força e, enquanto eu chorava, pedindo pra me deixar ir, ele beijava meu pescoço, dizendo que ia me dar uma bicicleta rosa”, afirmou. A artista foi salva pela esposa do agressor, mas não teve coragem a ninguém.
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O segundo abuso sexual ocorreu no dia de sua primeira apresentação em um baile funk, quando tinha 16 anos de idade. Na hora de ir embora, ela pegou carona com um amigo de seu amigo, que desviou o caminho e tentou estuprá-la. “Eu chorava, pedia pelo amor de Deus pra ele deixar eu descer, ele só falava que eu ia ter que dar pra ele, que eu ia dar de qualquer jeito”, escreveu.
Depois de muito tempo, uma viatura surgiu na rua e o homem a soltou. “Vocês pensam que a história acabou? Não, acabou não! Esse cara pesquisou minha vida toda, ele me cercou subindo da escola, ameaçou me matar, na frente dos meus amigos da escola, disse que eu não tinha mais provas e que ele atiraria em mim quando eu estivesse jogando bola, falou que sabia onde eu morava, meus horários”, completou.
A terceira situação foi durante o Carnaval. “Eu cheguei no baile, com meu vinho já aberto, e pedi um cara conhecido pra vigiar enquanto eu ia mijar, foi coisa de 5 min, minha vista começou a ficar escura, comecei a sentir meu corpo frio e um nó na garganta, só deu tempo de eu sentar numa cadeira que vi, eu fui retirada do baile desacordada, fui levava para o hospital e fiquei no soro.”
“A gente sabe que isso existe e que isso acontece, mais vocês homens tem que parar imediatamente de reproduzir isso. Da pra gente brincar, dançar, se divertir, ganhar dinheiro, sem falar que vai dar bebida comer e jogar na rua, ok?!”, finalizou a cantora.
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