Menina de 13 anos foi vítima de estupro coletivo por 45 dias
A Polícia Civil disse que a escola sabia do caso e não denunciou; o diretor foi afastado e uma sindicância foi aberta para investigar
Uma adolescente de 13 anos sofreu casos de violência sexual por cerca de 45 dias dentro do Colégio Estadual Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, no Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira, 24, quatro adolescentes com idades entre 14 e 16 anos foram presos por suspeita de participação nos casos de estupro coletivo da adolescente. As informações são do “G1“.
A menor contou que estava com seu namorado na escola e ele a chamou para ir à quadra. “Eu topei, pensei que era só com ele. Sei lá, eu acho que ele bolou um plano, não sei. Aí tinha um monte de menino lá. Eu falei ‘pra que um monte de menino?’. Ele não quis responder. Aí, os meninos me ameaçaram, falaram que eu tinha que fazer com eles”, contou. Agora a jovem quer trocar de escola porque, por onde passa, as pessoas comentam.
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O Ministério Público disse que os casos de estupro eram constantes e que a vítima chegou a sofrer atos de constrangimento e escravização sexual.
“Os fatos ocorreram ao longo de 45 dias entre os meses de maio e junho deste ano. Dois episódios na quadra envolvendo uma série de adolescentes. O terceiro episódio ela diz que não pôde nem contar quantos eram, mas que eram pelo menos 15”, contou a promotora Olivia Motta Venâncio Rebouças à reportagem.
O último episódio teria ocorrido na sala de aula com dois adolescentes praticando o ato sexual e mais dois que vigiavam a porta.
A suspeita é de que os estupros tenham sido realizados por 14 adolescentes com idades entre 13 e 16 anos e o jovem que foi apontado como namorado da vítima já está com mandato de busca e apreensão, mas ainda não foi encontrado.
Seis GIFs mostram que a culpa do estupro nunca é da vítima
Segundo o “G1”, a Secretaria de Estado de Educação afastou o diretor do colégio e abriu sindicância para investigar o caso porque pelo Conselho Tutelar, após denúncia de uma amiga da vítima, a Polícia Civil soube que a escola sabia do caso e não procurou a polícia.
Agora a menina faz acompanhamento pelo Conselho Tutelar e vai passar por tratamento médico e psicológico. A pena dos meninos, se comprovada a participação, pode chegar a três anos em casa de acolhimento.