MST ocupa fazenda de Maroni em protesto contra prisão de Lula
O empresário é conhecido como o "magnata do sexo" e dono do Bahamas Club
Uma fazenda de propriedade do empresário Oscar Maroni em Araçatuba, a 550 quilômetros de São Paulo, foi ocupada na manhã desta terça-feira, dia 17, por integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra). A manifestação protesta contra a reforma agrária e a “arbitrariedade da prisão” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O empresário, conhecido “magnata do sexo” e dono do Bahamas Club, distribuiu cerveja grátis para comemorar a prisão de Lula. Ele ainda se vestiu de presidiário em uma festa de seu clube no dia 6 de abril, antes do ex-presidente se entregar à Polícia Federal.
Oscar Maroni foi preso três vezes: em 2007, 2004 e 1998, acusado pelos crimes de formação de quadrilha, exploração e prostituição. Essa não é a primeira vez que a propriedade do empresário é ocupada pelo MST: já foram registradas outras ações em 2015.
Protestos
O coordenador do MST, João Pedro Stedile, defendeu na noite desta segunda-feira, dia 16, que os atos são uma forma de pressionar pela liberação de Lula. “Nós vamos ocupar nesta semana terras porque queremos o Lula livre”, declarou.
Segundo Stedile, a TV Globo é a grande inimiga dos movimentos de esquerda. “Não pode deixar a Rede Globo em paz: joguem ovos ou joguem o que tiverem. A Globo é a nossa inimiga”, argumentou.
Nesta terça, a sede da TV Bahia em Salvador, afiliada da Globo, foi ocupada por membros do MST. Já em Candiota, no Rio Grande do Sul, manifestantes do MST fecharam a BR-293.
Na manhã desta segunda, o tríplex atribuído à condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi ocupado por um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
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