Palestinos são presos após confronto com direita anti-imigração
Os grupos de direita faziam uma manifestação em oposição à Lei de Migração
Seis pessoas foram presas e cerca de oito ficaram feridas na noite desta terça-feira, dia 2, após protestarem contra a “Marcha Contra a Lei da (i)Migração”, organizada pelos movimentos “Direita São Paulo” e “Juntos pelo Brasil” na Avenida Paulista, em São Paulo. Entre os detidos, estavam palestinos.
Os grupos de direita faziam uma manifestação em oposição à Lei de Migração, aprovada no Senado, que garante mais direitos aos imigrantes e refugiados no Brasil. Um dos presos foi Hasan Zarif, líder do movimento “Palestina para Tod@s” e proprietário do bar Al Janiah, no centro da capital paulista.
No Facebook, o Al Janiah informou que os detidos foram encaminhados para o 78º Distrito Policial, nos Jardins. No post, o restaurante afirma que a Polícia Militar impediu o acesso de advogados à delegacia por quase cinco horas. Dos seis detidos, dois foram liberados na madrugada desta quarta-feira, dia 3.
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A PM ainda não explicou o motivo da detenção. Segundo a Folha de S.Paulo, o advogado de Zarif, Hugo Albuquerque, disse que seu cliente e ao menos um amigo, identificado como Nur, apanharam de manifestantes.
O defensor ainda afirmou que os policiais estão “comprando a versão [das pessoas anti-imigração], como se os palestinos tivessem atacado o grupo” e que uma bomba caseira estourada na Paulista partiu dos manifestantes.
De acordo com o movimento “Direita São Paulo”, eles foram atacados enquanto protestavam na avenida. O ato gritava contra a ‘islamização do Brasil” e tinha faixas escritas “Aloysio Nunes traidor”.
Em nota, a Polícia Civil declarou que quatro homens foram presos em flagrante e responderão por explosão, lesão corporal, associação criminosa e resistência durante o confronto. Outros dois homens foram levados para o 78º DP e depois liberados.
“O grupo teria agredido manifestantes que protestavam contra a Lei da Imigração, inclusive arremessado artefato explosivo. Os indiciados alegaram que apenas se defenderam. Eles foram ouvidos na presença de seus advogados e de representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB e serão encaminhados para audiência de custódia”, diz o comunicado.
Leia a matéria na íntegra aqui.
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