Preso na Operação Carne Fraca recusou frango pago como propina

A operação da Polícia Federal tem como alvo frigoríficos de diversos estados do país, que comercializavam carne podre

Um dos fiscais do Ministério da Agricultura presos nesta sexta-feira, 17, na Operação Carne Fraca da Polícia Federal foi pego em um grampo telefônico reclamando da qualidade da carne de frango que recebeu como propina.

“Eu peguei um peito defumado de frango, decaiu muito o produto Peccin aí. (…) Com toda a sinceridade, eu não comi”, disse Tarcísio Almeida Freitas, de acordo com documentos da Justiça Federal divulgados pelo Estadão.

O fiscal reclama da qualidade dos produtos do frigorífico Peccin Agro Industrial, que ele deveria inspecionar para conferir se critérios de qualidade estavam sendo respeitados.

A investigação mostra que ele recebia propina “em dinheiro e produtos cárneos”, diz a reportagem.

Entretanto, Freitas reclama do que tem recebido e afirma não conseguir nem comer os produtos. “Eu dei um pedaço aqui pro meu vizinho, eu dei outro pra minha cunhada”, disse ele, segundo os grampos da PF.

“É tipo uma massa, tipo uma mortadela”, continou o fiscal.

A operação foi deflagrada em 6 estados mais o Distrito Federal e atingiu frigoríficos como Seara, JBS e BRF.

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