Ativista e negra, Ericka Hart exibe cicatrizes de câncer na web

Suas fotos causam impacto e fazem refletir

Empoderada, Ericka Hart exibe cicatriz de sua luta contra o câncer com orgulho na web

A guerreira queer Ericka Hart, 31, foi diagnosticada com um câncer de mama bilateral em 2014 e precisou passar por uma mastectomia nos seios. As informações são do tabloide britânico Daily Mail.

Na ocasião, abalada pela descoberta, ela foi pesquisar sobre imagens de reconstrução de mama na internet, e se deu conta de que não havia fotos de seios reconstruídos de mulheres negras e/ou transexuais na internet. Sendo assim, Ericka não tinha ideia de como iria ficar sua operação depois de concluída.

Foi então que transformou a si mesma em modelo. A ideia principal de suas fotos de topless é mostrar à sociedade que mulheres como ela não devem sentir vergonha e viverem “cobertas e discretas”.

O resultado foi excelente. Suas fotos possuem milhares de curtidas nas redes sociais e inspiram pessoas ao redor do mundo.

A doença

Ericka é educadora sexual, escritora e performer. Ao ser diagnosticada com dois tipos diferentes de câncer de mama, cada um em um seio, ela disse ter percebido que os doutores não sabiam lidar com uma paciente negra e transexual. Além de assumirem, por seu tom de pele, de que ela não teria dinheiro para pagar alguns tipos de tratamentos mais avançados.

Por isso, ela se engajou tanto na luta contra a doença e resolveu focar o seu trabalho nas classes mais discriminadas socialmente.

Para ela, é importante deixar claro para o mundo que é uma guerreira, que é mais do que uma sobrevivente do câncer, e sim uma sobrevivente da vida.

Veja outras fotos do Instagram de Ericka:

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For a girl that was always looking for why she was ugly, that is now seen as beautiful and wants to understand why: When I was younger, I used to wonder why people thought I was ugly. As I got older, I got used to the occasional "you are beautiful" compliments from friends and lovers. When I went topless last year there was a resounding "you are so beautiful and brave". The most compliments I had ever received. The same compliments at a larger quantity came flooding in this year as well. Am I now beautiful because someone said I was? If I I never shared my trauma, would you still think I'm beautiful? Is it the sharing of my pain what makes you see me? Or Is it my wide nose, kinky curls, big thighs, deep brown skin alone? What makes you see me? Or do you see me, and are glad that it isn't you? [These are rhetorical questions just like beauty and ugly are arbitrary. This is a conversation I invite us all to engage beyond "in the eyes of the beholder" or some prescriptive self love ethic that we are all supposed to abide by even though the world is not in agreement.] #beauty #ugly #cancerwarrior #blacklivesmatter #afropunk #wethepeople #here #thoughts #queer #qpoc #femme ? by @aoctaviusw

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