Conheça a marca que faz skates só para mulheres
De acordo com a Confederação Brasileira de Skate (CBSk), existem 5 milhões de skatistas no Brasil, dentre os quais 90% são homens. O número, no entanto, não põe medo nas mulheres que decidiram investir no skate. Uma queda nos trilhos ou uma ralada na rampa não as fazem desistir, porque elas são, inclusive, apoiadas por marcas femininas dedicadas como a Melancia Skategirls.
A loja surgiu em 2013, quando Karmel Liedmann, de 27 anos, teve um insight enquanto estava na praia andando de skate. Na época, junto com o seu namorado Henrique Wisniewsk, ela se interessou pelo mercado do skate ao ver um amigo fazer um mini cruiser e cortar um shape street. “A partir daí chegamos em casa e começamos a pesquisar tudo sobre fabricação de skate e coisas do tipo, larguei meu trabalho em São Paulo para me dedicar totalmente a Melancia”, conta a sócia, que vive hoje em Santos, litoral paulista.
Pela internet ou em skateshops por todo o Brasil, meninas skatistas podem adquirir skates completos e shapes, tanto para street quanto para vertical, com estampas e tamanhos diversos. A loja também oferece rodinhas, equipamentos de segurança, trucks e shapes cruiser, além de camisetas personalizadas.
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A inspiração para o negócio foi justamente a falta de marcas especialmente voltadas para o público feminino. “Nosso foco sempre foi ser uma marca feminina exclusiva, porque víamos a dificuldade que tínhamos em comprar um skate de boa qualidade, geralmente recorrendo a uma marca masculina”, explica Karmel, acrescentando que os locais que a Melancia mais vende são nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e parte do nordeste.
“Uma coisa que mexeu muito com a gente foi o fato de que a maioria das marcas grandes e reconhecidas não tinham meninas entre seus atletas, a não ser que a atleta já tivesse um nível profissional”, pensando nisso, a Melancia incentiva quatro atletas mulheres, ajudando em campeonatos com o objetivo de fortalecer a categoria.
Sobre o mercado de skate para o universo feminino, Karmel acredita que ainda precisa melhorar, embora o preconceito dentro do esporte venha sendo desconstruído. “Antes íamos às pistas e víamos no máximo duas meninas, hoje em dia esse número cresceu”. Tem muita mulher dando suas manobras por aí e esperamos que tenha muito mais!