Desaparecimento de jovem no Acre mistura filosofia e mistério

Um estátua do filósofo Giordano Bruno no valor de R$ 7 mil foi encontrada no quarto do jovem

O caso de desaparecimento de um jovem de 24 anos em Rio Branco, no Acre, tem gerado bastante repercussão na internet. O estudante de psicologia Bruno Borges está desaparecido desde o dia 27 de março. A mãe do rapaz, a psicóloga Denise Borges, acredita que o caso não se trata apenas de mais um sumiço de pessoa. O pai, o empresário Athos Borges, foi o último a ver o jovem.

Uma das coisas que tem chamado atenção no caso é uma série de pistas deixadas pelo jovem, como uma estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1600) e vários escritos encontrados no quarto de Bruno. Segundo a família, o quarto do rapaz ficou trancado durante 24 dias, período em que os pais estavam viajando. O quarto foi aberto pelo pai, que ficou surpreso com o sumiço dos móveis. “Eu entrei lá e não vi a cama, não vi nada, só vi aquilo tudo. Naquele momento eu vi que o Bruno tinha ido embora”, conta o empresário em uma matéria do G1.

14 livros organizados e escritos à mão foram encontrados no quarto. Alguns deles copiados nas paredes, teto e no chão

No lugar dos móveis, além da estátua orçada em R$ 7 mil, o pai do rapaz encontrou 14 livros extremamente organizados, escritos à mão. Alguns deles copiados nas paredes, teto e no chão. Todas as obras – identificadas por números romanos – criptografados.

De acordo com a mãe, o filho trabalhava em um projeto desde 2013, mas não sabia do que se tratava. “Ele dizia que era secreto e não dei o dinheiro. Então, ele começou a procurar pessoas que acreditassem nele sem contar o que era o projeto. Ele só me falava que estava escrevendo 14 livros que iriam mudar a humanidade de uma forma boa. Ele me pediu um ano sem trabalhar para terminar e eu, orientada por um médico, deixei”, revela.

No momento, a família procura algum especialista que possa ajudar a decifrar as diferentes criptografias dos livros. O desaparecimento do jovem é investigado pela Polícia Civil do Acre. O coordenador da Delegacia de Investigação Criminal (DIC), delegado Fabrizzio Sobreira, afirmou que todas as possibilidades estão sendo consideradas, mas que o caso segue em sigilo.

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