Ex-policial gaúcha cria petição para adotar cavalo maltratado
Por Change.org
Quem tem bicho de estimação em casa sabe o que é sentir o amor incondicional de um animal. A advogada Kelly Thimoteo nunca teve o carinho do cavalo Nanquin em seu lar, mas ele foi seu ajudante fiel durante os quatro anos em que ambos serviram a Brigada Militar do Rio Grande do Sul.
Kelly deixou o serviço militar há sete anos e, desde então, tenta obter a guarda do fiel amigo para adotá-lo. Hoje, Nanquin está aposentado em uma fazenda da Brigada, onde, diz a ex-soldado, ele “se alimenta só de grama e emagreceu muito por conta disso”. Para Kelly, o cavalo está abandonado. Além de ser vítima de maus tratos, o cavalo ainda esteve em risco de ir a leilão.
Para resolver o caso, Kelly encabeçou uma petição na Change.org criada por uma amiga para pedir ao governo gaúcho que desista de colocar o Nanquin a leilão e atenda ao seu pedido de adoção. “Quando vi que ela tinha feito o abaixo-assinado, o documento já estava com centenas de assinaturas! Essa possibilidade não tinha me passado pela cabeça, mas foi uma atitude muito válida para o meu caso“, conta a ex-policial, a quem foi concedida, um tempo depois, a autoria da petição.
Confira o abaixo-assinado: www.change.org/Nanquin
“O abaixo-assinado foi de extrema importância para a nossa luta ser conhecida!“, diz Kelly. Hoje, a petição está com mais de 76 mil assinaturas. O apoio de milhares de pessoas abriu as portas para mais negociações com o governo estadual, que, depois de muita pressão, desistiu do leilão. Agora Nanquin está sendo mais bem tratado e alimentado.
Porém, de acordo com Kelly, o caso ainda não tebe fim. “A última notícia que recebi por parte do governo era de que eu poderia receber o Nanquin através de um processo de convênio com uma ONG de proteção aos animais. Eu trabalho na organização CAPA (Clube dos Amigos e Protetores dos Animais) e a indiquei para que essa possibilidade se torne realidade.”
Uma das maiores tristezas de Kelly é não poder visitar seu amigo tanto quanto gostaria. “O Comando da Brigada de Passo Fundo me permite poucas visitas, somente de 15 em 15 dias, e sempre assistidas”, desabafa. “O Nanquin é um ser que precisa da minha proteção, ele faz parte da minha história, é parte de mim! Ele é o símbolo da importância que os animais do Estado merecem”, completa.
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