Fachin nega ilegalidade em áudios gravados por delator da JBS
Com informações do "Estadão"
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, declarou que não há ilegalidade nas gravações do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, enviadas à Procuradoria Geral da República (PGR).
O entendimento está na decisão desta quinta-feira, dia 18, em que o relator da operação Lava Jato autorizou a abertura de investigação sobre o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB).
Fachin citou que a jurisprudência do STF valida os áudios gravados por um investigado para captar conversas com terceiros. O ministro não fez juízo sobre as acusações.
“Não há ilegalidade na consideração das quatro gravações em áudios efetuadas pelo possível colaborador Joesley Mendonça Batista, as quais foram ratificadas e elucidadas em depoimento prestado perante o Ministério Público (em vídeo e por escrito), quando o referido interessado se fez, inclusive, acompanhado pelo defensor”, argumentou ele em seu despacho.
De acordo com Fachin, os áudios entregues foram: o de Joesley com Temer; a conversa do empresário com Aécio Neves; e dois diálogos com o deputado Rodrigo Rocha Loures, apontado por Temer ao empresário como seu interlocutor.
Veja aqui o conteúdo na íntegra.
O que já aconteceu desde a delação da JBS:
- 17/05, às 20h: Jornal O Globo publicou reportagem afirmando que Temercomprou o silêncio de Cunha
- 18/05, às 8h: Supremo Tribunal Federal afasta Aécio Neves do cargo de senador
- 18/05, às 14h: Ministro Edson Fachin autoriza abertura de inquérito para investigar Temer
- 18/05, às 16h: Temer fez pronunciamento em rede nacional dizendo que ‘não renunciará’
- 18/05, às 18h45: Ministro Edson Fachin libera áudio de conversas entre Temer e executivo da JBS
- 18/05, às 20h: Após denúncias contra Temer, Reforma Trabalhista é suspensa no Senado
- 19/05, às 13h: Aécio Neves recebeu R$ 60 milhões em propinas em 2014, diz JBS
- 19/05, às 14h: Janot diz que Temer e Aécio agiam juntos para barrar avanço da Lava Jato
- 19/05, às 14h: Polícia Federal interceptou ligações de Michel Temer e de Gilmar Mendes