Polícia Federal faz operação e mira pessoas ligadas a Aécio Neves

A irmã do senador, Andréa Neves, foi presa nesta manhã em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte

18/05/2017 10:10

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira, dia 18, uma operação em endereços ligados ao senador (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

De acordo com informações do jornal “O Globo“, a ação se estende aos gabinetes no Congresso do próprio senador , do senador Zeze Perella (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Nesta manhã, a irmã do senador, Andréa Neves, foi presa em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

O senador Aécio Neves - Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo uma testemunha que acompanha a operação, o senador  está na sala de sua casa em Brasília, usando camisa e calça social, e conversando com os policiais federais. A PF apreendeu um celular, um tablet e documentos na casa no Lago Sul.

Em BH, uma viatura com cinco agentes chegou à residência por volta das 6h. Já em Ipanema, no Rio de Janeiro, a PF está no prédio do senador acompanhada de representantes do Ministério Público (MP).

A operação

Na quarta-feira da semana passada, dia 10, Joesley Batista e o seu irmão Wesley, os donos da JBS, maior produtora de carne do mundo, fizeram uma delação premiada no gabinete do ministro Edson Fachin. Eles estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Ninguém foi coagido: todos os depoimentos foram dados por livre e espontânea vontade.

Na delação, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo comprometedor, feito em março deste ano. Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados pelo empresário Joesley.

Numa outra gravação, Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma “mesada” na prisão para ficarem calados. Com a informação, Temer diz na gravação: “Tem que manter isso, viu?”.

Na mesma gravação, o senador (PSDB-MG) foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

As informações foram reveladas pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

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