Fernando de Noronha: atrações grátis dão uma folga para o bolso
Visitar o paraíso na Terra tem seu preço. E quando o destino é Fernando de Noronha, os custos são bem altos, diga-se de passagem.
Em abril de 2017, o litro da gasolina custava R$ 5,79; a garrafa de 1,5 litro de água chegava a R$ 8 em um estabelecimento de produtos naturais de Floresta Nova; e uma diária em uma das cinco pousadas de alto padrão passava dos R$ 2 mil por casal.
Sem falar na água de coco, aquele mesmo que a gente vê aos montes no quintal das casas de moradores, que custa exagerados R$ 10, na entrada da praia da Cacimba do Padre.
Mas é possível, sim, desembarcar naquelas terras exibidas sem estourar o orçamento. E pode ter certa que, cada centavo investido, será recompensado com uma das experiências mais cenográficas do Brasil.
Para isso, o Viagem em Pauta listou algumas das atrações gratuitas para você conhecer, finalmente, um dos destinos mais cobiçados do litoral brasileiro, sem estourar o orçamento.
Praia urbanas
Cachorro, do Meio e da Conceição são consideradas as praias urbanas da ilha e ficam a poucos metros da Vila dos Remédios.
Porém apenas a última possui estrutura para banhistas como bares com chuveiro e aluguel de cadeiras. Consulte a tábua de maré, antes de visitar praias como a do Cachorro e a do Meio.
Porto de Santo Antônio
Outra praia de fácil acesso é a do porto de Fernando de Noronha, cujas águas cristalinas nem parecem a de um local de onde saem embarcações.
Águas calmas e boa variedade de vida animal, incluindo tartarugas e até tubarão, são os destaques dessa atração, recomendada também para a prática de snorkel.
O local abriga também um naufrágio de fácil acesso.
Trilhas
Algumas trilhas da ilha são auto-guiadas, embora nem sempre sinalizadas, e podem ajudar o visitante a economizar com passeios.
A Costa Esmeralda tem nível médio de dificuldade e cinco quilômetros de extensão. No roteiro, oito praias do Mar de Dentro podem ser visitadas, entre a do Cachorro e à Baía dos Porcos.
Já a Costa Azul tem cerca de 2,3 km de extensão e duas horas de duração, aproximadamente.
Essa trilha leve começa no conjunto histórico da Vila dos Remédios e segue até o Boldró.
Mirantes
Seja qual for seu estilo de viagem, os mirantes de Noronha são uma espécie de portal com vista para cenários que nem sempre podem ser vistos no nível do mar.
O destino conta com opções que vão desde os mirantes sobre decks de madeira biossintética, nas áreas de Parque Nacional, como o da praia do Sancho, até os mais rústicos e naturais.
Destaques para os mirantes do Boldró; da Praia do Americano (entre as praias do Boldró e do Bode); Forte da Vila dos Remédios, no norte da ilha e com vistas únicas das praias do Meio e da Conceição, com o Morro do Pico ao fundo; e o Mirante das Caracas, entre a Baía de Sueste e a Praia do Leão, no Mar de Fora.
Fuja da muvuca barulhenta do Forte São Pedro do Boldró. Para ver o pôr do sol, opte pelo mirante da Pedra do Bode, entre as praias do Bode e do Americano.
Na matéria Mirantes de Fernando de Noronha mostram outras perspectivas da ilha, você conhece esses e outros mirantes da ilha.
Projeto Tamar
Estabelecido, em 1984, antes mesmo do arquipélago ser anexado a Pernambuco e áreas de preservação serem criadas, o TAMAR Noronha tem uma história que caminha junto com a da própria ilha.
“O Tamar ajudou a consolidar o modelo de ecoturismo em Noronha, protegendo a praia do Leão, local que foi um embrião do Parque Nacional de Noronha, ainda na época do comando da Aeronáutica que fazia a gestão do território”, relembra Barsante.
Mais do que área de alimentação e reprodução de espécies marinhas, o destino é uma importante ferramenta de sensibilização de turistas que também contam com atividades de ecoturismo como a abertura de ninhos, palestras ambientais e visitas guiadas no Centro de Visitantes, na Vila do Boldró, também em Noronha.
Às segundas e quintas, a Praia do Sueste, no Mar de Fora, recebe a visita de biólogos do Projeto Tamar que fazem a captura intencional de tartarugas marinhas com fins científicos. Após a captura dos bichos no mar, os profissionais dão uma aula para os banhistas sobre os hábitos e características das tartarugas.
Museus
É difícil acreditar que alguém queira trocar o mar de Fernando de Noronha por salas fechadas de museus, mas a ilha abriga espaços simples com informações completas do destino como o Memorial Noronhense, na praça da igreja de Nossa Senhora dos Remédios, com acervo como objetos, fotos e painéis que contam a história da ilha.
Outro endereço que vale a pena é o Museu do Tubarão, próximo ao porto. Discreto, o local desmistifica esse animal marinho tão temido, com painéis explicativos, fotos e arcadas dentárias. Tel: (81) 3619-1365.
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