Caso Anderson Silva levanta discussões sobre os malefícios dos anabolizantes
O lutador Anderson Silva, ex-campeão mundial na categoria peso médio da UFC (Ultimate Fighting Championship), testou positivo para o uso de anabolizantes. A maior organização de artes marciais mistas do mundo confirmou que o atleta testou positivo em um exame surpresa em janeiro deste ano. O fato surge em uma época em que discute-se o uso excessivo de anabolizantes no esporte, além dos malefícios sobre o corpo e a saúde do usuários.
As substâncias aumentam chances de câncer, diabetes, lesões no fígado, entre outros problemas quando utilizadas para emagrecimento e ganho de massa muscular. O estímulo exagerado que o uso de anabolizantes causam nos receptores de determinadas células levam a efeitos secundários desastrosos.
De acordo com o clínico geral Roberto Nilo, especialista do site Minha Vida, um desses estragos é a diminuição da produção de hormônios normalmente elaborados pelas nossas glândulas. “O organismo interpreta o hormônio sintético como suficiente e passa a produzir níveis bem baixos, chamado na medicina como efeito feedback negativo”, explicou em um artigo para o site.
O efeito pode ocasionar em homens a atrofia de testículos, levando à impotência sexual e a esterilidade, aumento da retenção de sódio, da pressão arterial, calvície, maiores riscos de câncer, diabetes e lesões no fígado muitas vezes irreversíveis.
Em mulheres pode levar a crescimentos de pelos no rosto, aumento da secreção sebácea (pele oleosa e brilhante), surgimento de espinhas, engrossamento da voz, redução das mamas e interrupção da menstruação.
Adolescentes
Segundo o médico, as consequências do uso do anabolizante em adolescentes é ainda maior. “Comprometem o crescimento, o desenvolvimento sexual, a formação óssea, entre outros efeitos extremamente maléficos a saúde de um jovem”, conforme relatou no artigo ao site Minha Vida.
Anabolizantes
Os anabolizantes são hormônios sintéticos fabricados a partir do hormônio sexual masculino, testosterona. Há alguns anos essas drogas eram utilizadas somente para tratamento de algumas disfunções hormonais ou desgaste muscular. Hoje em dia são bastante conhecidas por atletas e fisiculturistas.
Em competições esportivas, se o atleta for pego em exames antidoping com o uso destas substâncias no sangue ou na urina, será automaticamente desclassificado. Caberá ao órgão do esporte responsável pela competição determinar uma punição para o indivíduo, que podem variar entre a banalização completa do esporte ou, em casos mais leves, na proibição de participar de competições por um tempo estipulado.
Com informações do Minha Vida