Cientistas descobrem por que elefantes raramente têm câncer
Você sabia que os elefantes raramente desenvolvem câncer? Para explicar por que isso acontece, um grupo de cientistas da Universidade de Utah realizou um estudo e analisou um determinado gene dos animais. O resultado foi publicado nesta quinta-feira (8) pela revista científica ‘Journal of the American Medical Association’ (JAMA).
De acordo com a pesquisa, os elefantes têm 38 cópias modificadas de um gene que codifica o p53, composto que impede a formação de tumores. Já os seres humanos têm somente cópias modificadas deste gene. Ou seja, com a evolução dos elefantes, seus corpos fizeram cópias extras de um gene que evita a formação de tumores.
Por muitos anos, os elefantes foram considerados um mistério por terem muito mais células do que os seres humanos, o que teoricamente acarretaria no maior risco de desenvolver câncer. No entanto, menos de 5% dos animais morrem de câncer, em comparação com 11 a 25% das pessoas.
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Os elefantes também têm um mecanismo interno mais agressivo para matar células danificadas que ameaçam tornar-se cancerígenas. Os pesquisadores esperam que a descoberta ajude no desenvolvimento de novas terapias para combater o câncer em seres humanos.
Especialistas da Universidade do Arizona e do Ringling Bros. Center for Elephant Conservation também participaram do estudo.