Claudia Rodrigues fala sobre transplante de células-tronco
A atriz Claudia Rodrigues luta desde o ano 2000 contra a esclerose múltipla e as sequelas decorrentes da doença, que ainda não tem cura.
No final de 2016 ela revelou emocionada que os primeiros resultados positivos de um transplante de células-tronco que realizou em 2015. Na época o “Índice de Capacidade”, que mede as sequelas da doença, caiu do 6 para o estágio 5 na humorista, o que permitia, por exemplo, que ela pudesse caminhar 200 metros sem ajuda.
Em entrevista publicada pelo R7 hoje, 31, Claudia falou mais sobre a evolução de seu quadro após o transplante: “Tudo em minha vida mudou. Antigamente, eu sentia uma fadiga muito forte, muito cansaço. Mas isso não existe mais. Estou voltando a ser o que eu era”, revelou.
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A atriz também fala sobre a melhora da imunidade e planos para a carreira, confira matéria completa.
Sintomas e tratamento da doença
A doença é autoimune, quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Ela ocasiona a perda de mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios), o que leva à interferência na transmissão dos impulsos elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença, como aponta a ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla.
O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da OMS, sendo 35 mil delas no Brasil, estima a ABEM.
De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os principais sintomas são:
- Turvações e perda da visão;
- Pequenas alterações no controle da urina;
- Fraqueza em partes isoladas do corpo;
- Formigamento das pernas ou de um lado do corpo;
- Desequilíbrio;
- Falta de coordenação motora ou tremores;
- Fadiga.
A causa da Esclerose Múltipla ainda é desconhecida e ainda não tem cura. Porém, segundo Renata, existem meios de diminuir a progressão da doença, como:
- Ter acompanhamento médico regular e tomar a medicação corretamente;
- Manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e qualidade de vida, considerando uma parte do dia para relaxar;
- Evitar temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas pré-existentes ou até induzir novos surtos;
- Fazer fisioterapia quando houver comprometimento dos movimentos;
- Em caso de surtos agudos, permanecer em repouso;
- Fazer exercícios físicos para auxiliar o processo de recuperação após um surto.