Como lidar com as crises da síndrome do pânico (para pacientes e não-pacientes)

Por Superela
07/05/2016 12:54
Texto escrito por Thayse Lopes no Superela

No meu último post, Tive medo de ter medo – Um relato sobre síndrome do pânico, contei para vocês sobre como é sofrer disso, quais os sintomas mais comuns (existem vários), falei sobre como é o dia a dia de um paciente e, agora, quero falar sobre como é de fato ter essa doença. Chamo doença porque me deixava impossibilitada de fazer as coisas comuns do dia a dia, então, é doença. Mas, para a medicina, é transtorno. OK! Aproveito para enfatizar que não sou médica, sou apenas uma paciente contando como é a relação com o transtorno / doença. Além disso, vamos falar do tratamento também? Sim, vamos.

PARA OS PACIENTES

Então, vamos lá! Primeiro vamos falar como são as crises.

– A crise não escolhe lugar. Sim, não escolhe lugar. Qualquer lugar é lugar. Para algumas pessoas, inclusive eu, bastava tentar sair de casa que começava a crise. Meu primeiro sintoma era o enjôo e depois o cansaço nas pernas e os outros vinham subsequentes.

Para outras pessoas, começa com a chamada fobia social, medo de estar no meio de outras pessoas. Assim como pegar transporte público também pode desencandear um crise. Enfim, para casa pessoa funciona de um jeito. Então, não julgue uma pessoa porque, do nada (nunca é do nada), ela começa a entrar em crise.

– Quando começar a crise, o que eu faço? Não faça nada. É, não faça nada. Apenas espere acabar. O nosso maior problema é ficar lutando contra os sintomas na hora em que eles estão em ebulição. Não podemos vencê-los naquele momento, mas podemos deixá-los com menos poder ao não enfrentá-los durante aqueles minutos de crise. Há quem consiga diminuir os sintomas com exercícios de respiração e assim deixar a crise menos intensa. Eu nunca consegui fazer isso, mas quem conseguir, por favor, conta pra mim como se faz.  

– Posso ter um ataque cardíaco durante uma crise? Não se sabe de nenhum caso como esse. Por mais que os batimentos cardíacos fiquem acelerados, a não ser que você já sofra de problema de coração, você não terá um ataque fulminante.

– Não compare sua crise com de outras pessoas. É, a gente tem a péssima mania de nos compararmos. Durante uma crise, cada pessoa reage de um jeito. Alguns sintomas são bem comuns, mas há quem tenha outros e isso não quer dizer que sentem mais ou menos. Ter Síndrome do Pânico é infernal em qualquer estágio, não existe mais ou menos.

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