Confira os riscos das dietas feitas por celebridades

Por: Redação

Na mídia, é comum se deparar com as receitas para a boa forma dos famosos. Seus hábitos alimentares são frequentemente divulgados, influenciando as pessoas a seguirem-nos também.

A Associação Britânica de Nutrição (BDA, na sigla em inglês), formada por especialistas em alimentação e nutrição, no entanto, fez uma análise das dietas mais conhecidas e revelou seus riscos.

Confira:

1. A dieta “clean (limpa, em inglês)

Seguida por Jessica Alba e Miranda Kerr, por exemplo, a ideia é consumir alimentos naturais, ou seja, evitar todo tipo de comida processada. Algumas das versões excluem glúten, grãos e laticínios.

A BDA explica que, a exclusão de alguns alimentos, pode gerar ortorexia nervosa – obsessão em descartar tudo que não é considerado saudável -e diminuir fontes nutritivas e benéficas ao corpo. Além disso, muitos dos alimentos sugeridos pela dieta – como o óleo de coco – têm muitas calorias, não são mais nutritivos e acabam sendo mais caros.

2. Os comprimidos

Muitos dizem que o método é utilizado pela socialite Kim Kardashian. Os remédios prometem fazer com que o corpo não absorva gorduras ou reduza o apetite. Mas, na verdade, a Associação afirma que estes produtos podem causar efeitos colaterais como diarreia e, caso sejam comprados de sites desconhecidos, não há como descobrir sua composição – alguns deles contêm até pesticidas, por exemplo.

Kim Kardashian e Blake Lively são algumas das adeptas de dietas perigosas

3. “Teatox” 

Definida pela junção das palavras “tea” (chá, em inglês) com “detox” (desintoxicar), a dieta garante que melhora a pele, reduz o inchaço e faz as pessoas perderem peso. Consumidos por Kylie Jenner e Nicki Minaj, esses chás têm quantidades adicionais de cafeína, diuréticos e laxantes. Segundo o BDA, todos esses ingredientes não devem ser consumidos por mais de uma semana por causarem diarreia, desidratação e problemas no intestino.

4. Dieta 6:1

A ideia é que a pessoa coma normalmente durante seis dias e não coma no sétimo. É dito que o vocalista da banda Coldplay, Chris Martin, é um adepto do método. Os especialistas alertam, no entanto, que as pessoas que fazem jejum sem nenhuma supervisão podem perder concentração, além de sentirem mais cansaço e desânimo. Dependendo da idade, estado de saúde e estilo de vida, ficar sem comer pode ser perigoso.

5. Sucos verdes

Esta dieta é uma das mais conhecidas e é seguida por Gwnyeth Paltrow, Blake Lively e Rosie Huntington-Whiteleyie. Acredita-se que os benefícios são: desintoxicação, rejuvenescimento e perda de peso. Porém, para a BDA, os sucos são desnecessários porque o corpo tem a capacidade de se desintoxicar sozinho. Em alguns casos, inclusive, as pessoas podem engordar ao invés de emagrecer por adicionarem muitos ingredientes ao sucos – tendo, às vezes, até 400 calorias em um só copo.

6. Dieta cetogênica

Seguida por Kim Kardashian, Matthew McConaughey e Rihanna, o regime diminui carboidratos e acrescenta proteínas. Além disso, ele pode excluir grãos, laticíneos e muitas frutas. Segundo a BDA, esse tipo de alimentação poderia ajudar algumas pessoas que têm epilepsia, mas também pode render efeitos ruins ao organismo. Por isso, é importante consultar um médico antes de mudar a alimentação.

7. Dieta alcalina

A dieta adotada por Tom Brady e Gwyneth Paltrow prefere os alimentos alcalinos aos mais ácidos, com a intenção de equilibrar o pH do sangue.  Porém, segundo a BDA, ela não faz efeito algum; o corpo consegue regular o pH sanguíneo sozinho.

8. Dieta raw vegana

Adotada por Megan Fox, Gwyneth Paltrow e Sting, a raw vegana corta qualquer alimento de origem animal, e opta por alimentos crus. A BDA diz que ela não deve fazer mal a curto prazo, mas sim a longo, se não for balanceada.

A Associação Britânica de Nutrição, junto com o serviço de saúde britânico, portanto, fez várias recomendações em seu guia Eatwell (Coma bem, em inglês) para uma alimentação saudável. Como, por exemplo: consumir cinco porções de frutas e verduras por dia; garantir a ingestão de vitaminas, minerais e fibras; incluir alguma comida rica em amido (de preferência integral); ingerir carnes magras e, pelo menos duas vezes por semana, peixes; entre outras.