Conheça e escolha o contraceptivo mais adequado ao seu ritmo de vida
A opção por um ou outro contraceptivo precisa ser feita de acordo com as características da mulher. E a opinião do especialista pode ser decisiva na escolha do método mais adequado para cada uma. O site Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, fez uma lista indicando o método mais adequado para cada situação. Fique atenta às indicações e contraindicações de cada um:
Preservativos
A ginecologista da Unifesp, Carolina Ambrogini, recomenda que a camisinha seja opção de todas as mulheres, mesmo que elas já se utilizem de um outro método contraceptivo. Quando usado corretamente, o preservativo, além de prevenir a gravidez, também é eficaz na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Diafragma
O diafragma é um pequeno anel flexível recoberto por uma película de borracha ou silicone que é colocado pela mulher dentro da vagina. De acordo com a especialista, é um dos contraceptivos menos usados pelas brasileiras especialmente pela dificuldade na hora de colocá-lo. “O diafragma precisa ser inserido com espermicida pelo menos uma hora antes da relação sexual. Nem todas as mulheres conseguem controlar esse fator”, explica Ambrogini. O diafragma também não pode ser usado por quem tem problemas no colo do útero ou é sensível ao látex. Quando usado corretamente, apresenta cerca de 94% de eficácia na prevenção da gravidez.
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Dispositivo Intrauterino
O dispositivo intrauterino, mais conhecido como DIU, é uma estrutura de cobre inserida pelo médico no útero da mulher. Sua ação, conforme explica a especialista, interfere no transporte do óvulo, na migração dos espermatozoides e provoca uma irritação no endométrio, dificultando a fixação do óvulo. “O método é bastante indicado para as mulheres que não podem se utilizar de hormônios. Por outro lado, pode causar alguns efeitos colaterais, como aumento das cólicas e do sangramento menstrual”, esclarece. O DIU é um método contraceptivo com eficácia em torno de 97% e pode permanecer no útero da mulher de 5 a 10 anos.
Sistema Intrauterino
Também chamado de SIU, o Sistema Intrauterino consiste em uma pequena estrutura em forma de “T” que contém um reservatório de hormônio progestogênico. Da mesma maneira que o DIU, esse dispositivo é inserido dentro do útero pelo médico e, de acordo com Ambrogini, provoca atrofia do endométrio, além de deixar o muco hostil à passagem do espermatozóide. É um método bastante seguro, com ação de até 5 anos e eficaz em 99% dos casos. Pode, no entanto, provocar como reação adversa alterações nos padrões de sangramento menstrual que são mais comuns durante os primeiros meses após a inserção do dispositivo.
Pílulas
Hoje em dia as mulheres podem escolher dentre inúmeras pílulas anticoncepcionais que variam em componentes, quantidade de hormônio e combinação entre eles. As muitas opções, conforme esclarece a médica, permitem que a mulher possa testar para escolher a qual dos tipos ela se adapta melhor. “Hoje as pílulas provocam efeitos colaterais muito pequenos. Algumas mulheres, no entanto, relatam diminuição do desejo sexual e também ressecamento vaginal”, afirma. Quanto ao receio de que a pílula pode provocar dificuldade de engravidar, não há motivo para preocupações. A especialista esclarece que esses anticoncepcionais não têm efeito acumulativo no organismo e, com a interrupção do uso, param de provocar efeitos.
Mini pílula
Para as mulheres que têm receio de engravidar durante a amamentação, a ciência também já desenvolveu a mini pílula, que é um contraceptivo à base de progesterona e pode ser administrado pela lactante.
Pílula do dia seguinte
A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência que deve ser usado até 72 horas após a relação sexual desprotegida. Quando administrada em até 24 horas pós-coito, seu índice de falha gira em torno de 5%, aumentando consideravelmente com o tempo. Mas Ambrogini adverte que esse método não deve ser utilizado com frequência, pois vai perdendo gradativamente a eficácia. “Essa pílula é composta de maior dosagem de progesterona, podendo provocar alterações no ciclo menstrual”, afirma.
Laqueadura / Vasectomia
Os métodos cirúrgicos da laqueadura (ligadura das trompas da mulher) e a vasectomia (ligadura do ducto deferente dos homens) são os procedimentos com maior eficácia contraceptiva. Mas, de acordo com a legislação brasileira, a realização desses procedimentos somente é permitida “em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce”.
Segundo a especialista, também é preciso se ter em mente que a laqueadura e a vasectomia devem ser considerados métodos permanentes. “Dependendo da técnica de realização, a reversão não é possível. São procedimentos caros e sem cobertura pelo SUS”, finaliza.