Maria Paula diz que terapia ajudou superar situações como aborto
A apresentadora e atriz Maria Paula, que ficou nacionalmente conhecida no programa “Casseta & Planeta” falou sobre o filme “Doidas e Santas”, que estreia no próximo dia 26, e como levou seus conhecimentos de psicóloga para a personagem Beatriz, que representará na produção.
Em entrevista a Barbara Tavares, do UOL, ela contou que logo que iniciou a faculdade de psicologia, aos 16 anos, passou a fazer terapia.
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Maria Paula diz que pega ponte-aérea do Rio de Janeiro para São Paulo só para poder se consultar com o psicanalista Jacob Pinheiro Goldberg, a quem se refere como seu “porto-seguro”.
Ela contou que, após tanto tempo de acompanhamento, conseguiu superar de forma melhor situações difíceis da vida, como quando sofreu um aborto.
“No divã aprendi a lidar com as situações de perda. Eu engravidei e perdi o bebê logo no começo, foi muito difícil pra mim [Em 2000, Maria Paula sofreu um aborto do então namorado, Rodrigo Hilbert]. Foi uma coisa que me marcou demais”, contou ela que hoje tem dois filhos, Maria Luiza e Felipe.
Para ela, no mundo atual existe a ideia de que precisamos ganhar sempre, mas Maria acredita que é nas transformações que está o bom da vida: “Esse movimento de altos e baixos faz com que a gente amplie nosso potencial. É ok se encarar frágil em alguns momentos, pedir e oferecer ajuda”, apontou.
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O luto em casos de aborto
A psicóloga Raquel Baldo fala ao Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, sobre a importância de viver o luto em casos de aborto espontâneo e como o entorno deve ajudar a mãe e família.
“Assim como em qualquer luto, não há técnicas ou conselhos específicos ou totalmente validos para lidar ou ajudar quem está passando por tal momento. O ideal é sempre observar a pessoa e dar espaço para que ela manifeste sua dor da forma que for possível, sendo sempre respeitada acima de tudo. Não ignorando ou disfarçando a realidade sofrida, assim como também não invadindo e forçando um sofrimento, um choro ou tristeza. Uma ajuda profissional e psicológica pode ser de grande ajuda, caso a pessoa enlutada demonstre muita dificuldade em dar continuidade a seu dia a dia, como trabalhar, estudar, comer, se cuidar. Se com o passar do tempo o sofrimento mostrar que se intensifica, pode ser de grande valia considerar essa alternativa”, aponta.
Ela diz que muitas mães ou pais buscam ajuda profissional nesse momento, pois sentem a necessidade de falar e serem ouvidos para processar melhor a dor, já que muitas vezes os familiares e amigos não sabem muito bem como ajudar.
“É comum as mães enlutadas por um aborto comentarem que seus familiares ou mesmo médico as orientam para não chorar e sofrer e para tentar uma gravidez logo em seguida, indicando que o meio é um grande causador da principal negação por este luto. Enquanto que através de um apoio profissional adequado ou falando e ouvindo pessoas com histórias parecidas sentem que podem sentir e encarar melhor sua dor com a chance de um dia poder conviver com ela sem sofrimento”, indica Baldo.
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