Penélope Nova colocará DIU no SUS e diz que economia vale a pena
A apresentadora Penélope Nova usou suas redes sociais para divulgar como funciona o agendamento para colocar o DIU (Dispositivo Intrauterino) de cobre pelo SUS.
Ela diz que da última vez que da última vez que ela usou o método gastou cerca de R$ 2.000,00 para fazer o procedimento em uma clínica particular, segundo ela esse foi o preço há: “muuuuuitos anos”.
“Quanto mais mulher ficar sabendo desse rolê, melhor. “Mas sabendo do quê, Penélope? Que você tá sem plano de saúde?” Isso também, mas o mais importante é saber que VOCÊ PODE POR DIU PELO SUS, Bonita. Sim, é verdade. O diu de cobre (não o Mirena, vale esclarecer), que é o que EU prefiro – sem nenhuma dosagem hormonal (sou dessas que não pode tomar pílula). Enfim, estive na unidade mais próxima da minha casa, copia do rg e do comprovante de residência em mãos, não peguei fila nenhuma e marquei minha consulta com o ginecologista pro dia 25/7 – 1 mês e meio de espera, o que tá longe de ser o ideal, mas, como não é nada urgente, tá valendo”.
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O DIU – de cobre -, oferecido gratuitamente pelo estado, é considerado um dos métodos contraceptivos mais efetivos, mas é importante lembrar que seu uso não substitui a camisinha, já que ele não previne DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).
O SUS pretende ampliar o estoque de 200 mil DIUs para 750 mil em até dois anos. “Estamos nos preparando para atender a todas as mulheres que queiram colocar o DIU de cobre pelo SUS sem espera. Já existem muitas enfermeiras capacitadas para realizar o procedimento”, diz a ginecologista obstetra Maria Esther de Albuquerque Vilela, coordenadora geral de saúde das mulheres do Ministério da Saúde, em entrevista ao UOL.
Como funciona o DIU de cobre e para quem é indicado?
“O DIU é um dos mais seguros e eficazes métodos anticoncepcionais existentes”, afirma o ginecologista e obstetra Fábio Laginha em matéria do Minha Vida, parceiro do Catraca Livre.
O aparelho é colocado na cavidade do útero e age causando uma reação ao corpo estranho na região, que é potencializada pelo cobre.
“Essa reação impede a gestação de duas maneiras: uma por dificultar a passagem dos espermatozoides pelo colo e cavidade uterina (a fecundação ocorre nas trompas); e a outra é que, se ocorrer a fecundação, o ovo fecundado não consegue se implantar ou, até mesmo, há um efeito tóxico diretamente sobre o ovo”, diz Fábio.
Segundo ele, o DIU de cobre pode aumentar o fluxo de sangramento em cerca de 50%. Ele tem duração maior do que dez anos, já o medicado pode durar até cinco anos. A eficácia anticoncepcional dos dois é diferente, sendo a do medicado maior. Porém o medicado libera por volta de dois comprimidos de anticoncepcional a base de progesterona por mês, o que pode ser uma restrição para algumas mulheres que não podem tomar pílula, como no caso de Penélope.
“Os DIUs são ótimas opções para quem quer um método reversível em longo prazo e não conseguem ou podem usar pílulas por causa das reações e/ou interações com os hormônios como: tromboses, medicamentos anticonvulsivantes, determinados tipos de cânceres hormônio-dependentes”, diz o ginecologista.
Ele explica que as contraindicações para uso do método são:
- anormalidades do útero (muito pequeno ou muito grande)
- infecções ginecológicas
- eterminados tipos de câncer
- sangramentos sem explicação
- gravidez
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