Tire suas dúvidas sobre a Operação Carne Fraca

Por "Superinteressante"

Com a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, dia 17, muitas dúvidas começaram a surgir: quais das informações que estão circulando pelas redes sociais são realmente verdadeiras? Com o que os consumidores de carnes devem se preocupar?

Operação da PF fez surgir dúvidas sobre a qualidade das carnes
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Operação da PF fez surgir dúvidas sobre a qualidade das carnes

A operação da PF trouxe para o debate as questões de acondicionamento, os métodos e os ingredientes usados por mais de 40 empresas do setor de alimentos.

Os repórteres Bruno Vaiano, com Guilherme Eler e Tiago Jokura, da revista “Superinteressante”, foram tirar as principais dúvidas sobre o tema com Regina Mendonça, especialista em produtos de origem animal da Universidade Federal de Viçosa (MG).

Ela é mestre e doutora na produção de carnes curadas (como presunto) e concorda com outros especialistas: a revolta com o envolvimento de políticos com empresas privadas não pode dar espaço para a generalização das acusações e a circulação de informações falsas. Veja os principais trechos da reportagem:

Papelão
A empresa já esclareceu que a conversa gravada pela PF em que o papelão é citado se referia a embalagens, não a uso de papelão misturado na carne. De qualquer maneira, a especialista ouvida pela revista esclarece que a carne, por ser muito perecível, teria a vida útil diminuída se fosse misturada ao papelão.

Carne mecanicamente separada (CMS)
Carne mecanicamente separada é uma mistura que leva tudo que não dá para tirar dos ossos do frango, boi ou porco abatido usando o método e as máquinas tradicionais que inclui um equipamento específico para tirar a carne que sobra dos ossos.

Segundo a especialista ouvida pela “Superinteressante”, a mistura não inclui os ossos e também tem que ter qualidade microbiológica para não ser fonte de contaminação e estragar todo o lote.

Ácido ascórbico
Nada mais é do que a vitamina C, um antioxidante que evita a principal deterioração da carne, que é a oxidação. Mas não é a salvação que parece: segundo a especialista, ele conserva, mas não vai dar ao bife a aparência de saudável e seu frescor original. Também não é utilizada em grandes quantidades pelas empresas por ser cara demais.

Já o ácido sórbico e o sorbato de potássio são usados para evitar a formação de fungos.

Leia a íntegra da reportagem.

  • Confira nesta reportagem a reação dos mercados compradores da carne brasileira no exterior.