Autismo: o transtorno que afeta 70 milhões de pessoas
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado anualmente em 2 de abril. Pela relevância do assunto, a data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), no dia 18 de dezembro de 2007. O autismo é um transtorno no desenvolvimento que afeta aproximadamente 70 milhões de pessoas, sendo cerca de 2 milhões somente no Brasil.
O Autismo começa na infância e pode persistir na adolescência e na idade adulta. Nos primeiros cinco anos de idade já é possível notar alguma característica do transtorno, seja na comunicação ou ao realizar atividades. “Antes dos três anos de idade os sinais começam a aparecer e são acompanhados pela dificuldade de interação com os pais e com outras crianças. É comum, nestes casos, dar nome a coisas, mas não dizer, por exemplo, “papai ou mamãe”. Elas ficam fixadas em rituais comportamentais, estímulos sensoriais e prestam atenção a situações que para algumas pessoas não dão tanta importância”, explica o psiquiatra da NeuroAnchieta Ronney Eustórgio Machado.
Algumas pessoas relacionam o Autismo com vacinas, mas não há evidências de uma associação entre imunizações e o Transtorno. Segundo Dr. Ronney Machado, o Autismo é um problema do desenvolvimento que tem interface com muitas áreas da medicina. Portanto ter um bom acompanhamento na gravidez é fundamental. “Sabe-se que problemas gestacionais e a Síndrome de Down são bastante envolvidos na etiologia do Autismo. Portanto, é extremamente importante um bom seguimento de pré-natal, e a conscientização da mãe, principalmente, a fim de manter uma boa saúde física e emocional durante a gestação”, conta o psiquiatra.
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Uma vez identificadas, as crianças com TEA e suas famílias precisam receber informações relevantes que auxiliem no desenvolvimento e possibilitem levar uma vida normal. “Tem que haver um bom suporte sócio familiar para disponibilizar o acesso adequado às necessidades básicas da pessoa com o Autismo. Esse suporte é bastante multifatorial, com acesso a médicos, terapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, assistência social e psicopedagógica. Além disso, é claro, importante viver num ambiente acolhedor e sem estresses”, acrescenta Dr. Ronney Eustórgio Machado.
O Autismo ainda não tem cura, mas como os sintomas se manifestam cedo, os pais devem levar a criança a um pediatra e este conduzirá para os profissionais adequados. Com intervenções psicossociais, tratamento comportamental e programas de treinamento de habilidades para a família e outros cuidadores, é possível reduzir as dificuldades de comunicação e proporcionar mais qualidade de vida.
Sintomas mais comuns do Autismo
- Andar constantemente na ponta dos pés
- Ansiedade
- Sensibilidade ao som ou tique
- Atraso na fala ou dificuldade de aprendizagem
- Não fazer contato visual