Espaços públicos estão diminuindo nas cidades, alerta ONU
No futuro, as cidades podem estar com menos praças, sem calçadas largas para os pedestres e nem transporte público para todos os habitantes, caso os responsáveis não percebam os riscos de um crescimento urbano desordenado. A previsão foi feita pela ONU Habitat, com base em pesquisas que mostram a diminuição desses locais.
Recentemente, 700 representantes municipais e da sociedade civil se reuniram em Barcelona para evitar essas previsões, durante um encontro que precedia a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Urbano Sustentável (Hábitat III), que acontece em outubro em Quito, no Equador.
O espaço público é entendido por eles como “lugares de propriedade público ou de uso público, acessíveis e agradáveis para todos de forma gratuita e sem intenção de lucro, o que inclui as ruas, espaços abertos e instalações públicas”. Na reunião, os participantes consideraram que esses espaços devem ser o centro de todas as atividades sociais, culturais, políticas ou econômicas.
- SP abre 1.145 vagas em cursos gratuitos na área da cultura
- Estas são as 10 cidades mais feias do Brasil, segundo o ChatGPT; você concorda?
- Santo André comemora 50 anos do hip hop com grande evento no Parque Central
- Floresta em pé: superando a pobreza plantando florestas e limpando cidades
A ONU ainda propõe, para evitar a diminuição da qualidade e da quantidade dos espaços públicos, que exista uma política urbanística participativa que leve em consideração a necessidade desses locais coletivos em bairros antigos e novos, além de aconselhar a oferecer mais recursos às administrações municipais.
Segundo estudos da ONU, o espaço público ocupa apenas 21% do total da superfície das cidades. Isso ocorre porque o crescimento das metrópoles se dá de forma desordenada: somente 36% das áreas de desenvolvimento contam com planos urbanísticos.