Veja fotos e conheça um pouco da história do Blues e seus “inferninhos”

O blues foi essencial para o surgimento do rock'n roll nos anos 60

No começo do século 20, nascia uma gênero que revolucionaria a música. Ele vinha do sul dos Estados Unidos e era tocado pelas mãos calejadas do trabalho nas plantações de algodão – a expressão genuína dos descendentes de escravos.

O blues foi trazido da África pelos escravos, que entoavam seus cantos durante o árduo trabalho das plantações. O termo blues, porém, só começou a ser utilizado para descrever o estado de espírito triste e melancólico dos afro-americanos.

É difícil afirmar quando o gênero nasceu, pois ele foi desenvolvendo-se de forma progressiva. Mas alguns “inferninhos”, que receberam o nome de Juke Joints, foram importantes para o gênero. Afinal, receberam apresentações dos pioneiros do blues.

Marion Post Wolcott era uma fotógrafa que trabalhou para o governo e fotografou pobreza e condições de trabalho durante o período da depressão. Confira galeria.

Juke Joints

Os Juke Joints eram locais informais onde os trabalhadores rurais reuniam-se para tocar música, cantar, dançar, jogar e beber.

Possivelmente esses locais surgiram das casas onde os escravos descansavam e socializam. Com o tempo, passaram a adquirir um perfil mais comercial, com bebidas e apresentações musicais e  oferecendo quartos e vendendo mantimentos em alguns casos.

Eles eram os primeiros os locais privados onde os negros podiam se reunir, se expressar livremente e fugir das pressões diárias. Afinal, eles eram proibidos de entrar na maioria dos estabelecimentos.

O fotógrafo Bill Steben começou a documentar o blues no Mississipi em 1993. Em seu trabalho, é possível ver todo o legado da cultura dos Juke Joints. Confira galeria. 

Canned Heat

Mesmo durante o período da Lei Seca, o álcool era consumido de maneira ilegal nos Juke Joints e em outros locais. O Canned Heat era uma batida com graxa de sapato ou óleo de cozinha. A lata era queimada com fogo e o liquido filtrado com pano. Essa bebida costumava deixar sequelas, causando amputações e cegueira.

Depois do fim da Lei Seca nos EUA, em 1933, a bebida continuou a ser consumida.

Via Idea Fixa.