Pouco dinheiro e insegurança impedem mulheres viajem mais
Pouco dinheiro, falta de tempo e insegurança. Estes são os principais entraves que impedem as brasileiras de viajar mais, é o que revela pesquisa inédita feita pelo Voopter, buscador de passagens aéreas e promoções, com mais de 5.000 mulheres.
De acordo com o IBGE, as mulheres representam 51,48% da população, porém, elas são minoria em meio aos passageiros de voos no país, apenas 43,6%, segundo um estudo da Secretaria de Aviação.
Elas também têm menos planos de viagem, já que só 27,3% das entrevistadas pelo MTur (Ministério do Turismo), na última Sondagem do Consumidor, responderam positivamente quanto a intenção de viajar nos próximos meses, contra 35,3% dos homens.
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Falta de dinheiro
No levantamento feito pelo Voopter, o principal impeditivo apontado pelas viajantes é a falta de dinheiro (86,6%).
O resultado reflete as diferenças salariais, já que elas ainda recebem 16% menos que os homens no Brasil, de acordo com o Ministério do Trabalho. Pode parecer pouco, mas durante um ano isso representa em média R$ 6.000, valor de uma viagem bem confortável pela América do Sul, por exemplo.
Outro fator que dificulta o voo delas é a falta de tempo livre (50,8%), possivelmente por conta da jornada dupla de trabalho. As brasileiras gastam em média 7,5 horas a mais que os homens por semana com atividades domésticas, aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
As mulheres também viajam menos por conta da insegurança e do medo (31,8%), principalmente da violência de gênero (45,7%). E esse é o grande desafio que ainda impede uma parte delas (37,3%) de embarcar em uma viagem solo, apesar de desejar viver essa experiência, que muitas brasileiras (54,2%) já experimentaram.
A maioria das mulheres não viaja a trabalho (74,6%) e quando o assunto é lazer, elas embarcam apenas uma vez ao ano (41,4%) ou até três vezes nesse mesmo período (35,3%). As viajantes que participaram da pesquisa têm majoritariamente entre 25 e 34 anos (37%) e entre 18 e 24 anos (33,6%).
O levantamento faz parte da campanha Viaje, mulher!, que defende o direito de todas conhecerem novos lugares, culturas e pessoas, de forma segura e com liberdade.