Lugares mal-assombrados em SP para conhecer (se tiver coragem)
Do Joelma à Figueira das Lágrimas, um roteiro cheio de mistérios, histórias sombrias e lendas urbanas para quem ama explorar o lado assombrado de São Paulo
São Paulo é uma cidade que não dorme. E, segundo muitas histórias por aí, alguns de seus antigos moradores também não. Entre prédios marcados por tragédias, túneis sombrios e igrejas centenárias, a capital coleciona relatos de aparições, vozes misteriosas e cantinhos mal-assombrados cheios de histórias aterrorizantes.
Se você é do tipo curioso (ou corajoso), aqui vão alguns dos lugares mais famosos quando o assunto é assombração em SP. Pega a lanterna e vem comigo:
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Edifício Joelma (Edifício Praça da Bandeira) – Centro
O prédio é lembrado por um dos incêndios mais trágicos da cidade. Desde então, visitantes e funcionários relatam ecos de vozes, gritos e vultos que surgem sem explicação. As histórias sobre as “13 Almas” continuam alimentando a fama sobrenatural do lugar.

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Castelinho da Rua Apa – Campos Elíseos
Um crime sem solução ocorrido nos anos 1930 transformou o pequeno castelo em um dos endereços mais enigmáticos de São Paulo. Moradores diziam ouvir discussões, passos e portas batendo, principalmente durante a madrugada.
Depois de muitos anos abandonado, o lugar passou a abrigar a ONG Clube de Mães do Brasil, que faz um trabalho belíssimo oferecendo serviços e atendimentos à população em situação de vulnerabilidade.
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Edifício Martinelli – Centro
Um marco da arquitetura paulistana que já viveu de tudo: luxo, abandono e histórias de crimes nunca esclarecidos. Hoje, revitalizado e recebendo dezenas de festas semanais, ainda carrega relatos de vultos nos corredores e portas que abrem sozinhas. Já viu algo por lá?
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Faculdade de Direito do Largo São Francisco – Sé
Erguida sobre antigos restos mortais de monges e com o túmulo de um professor no próprio pátio, a tradicional faculdade é cheia de relatos de sussurros e vozes nos longos corredores, especialmente à noite.
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Cemitério da Consolação – Consolação
Um dos cemitérios mais antigos e importantes da cidade, com túmulos icônicos e histórias igualmente marcantes. Visitantes dizem ter visto figuras vestidas de branco, vultos entre os mausoléus e até personalidades históricas “passeando” por lá.

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Vale do Anhangabaú – Centro
O nome vem do tupi e remete a “água do mau espírito”. A região sempre carregou uma energia mística e virou palco de histórias assustadoras desde a construção do Viaduto do Chá, quando casos de suicídio se tornaram frequentes.
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Figueira das Lágrimas – Ipiranga
Uma árvore centenária que guarda despedidas, luto e muita energia pesada. Há quem jure que já ouviu sons que lembram choro vindo de seu tronco durante a noite. Mas a verdade é que este é o mais antigo monumento vivo da cidade.
A figueira de mais de 200 anos, plantada na Estrada das Lágrimas, sofre com a falta de preservação. Talvez o maior assombro seja o descaso público em relação à esta árvore histórica.

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Chora Menino – Santana
O bairro recebeu esse nome graças às lendas que envolvem o choro de crianças durante a madrugada. Moradores antigos falam sobre ecos vindos do vale e do cemitério que existe ali desde o século XIX. Um caso clássico de lenda urbana, já que as datas dos relatos não batem com os registros históricos.
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Cripta da Catedral da Sé – Sé
A poucos metros da movimentação intensa da praça, um subterrâneo guarda corpos de bispos e figuras históricas do Brasil colonial. O clima frio e silencioso torna qualquer visita um tanto inquietante.
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“Túnel dos Mortos” do Hospital das Clínicas – Cerqueira César
Um túnel subterrâneo liga o HC ao Serviço de Verificação de Óbitos. Funcionários relatam vozes, passos e vultos em um dos lugares mais sombrios do subsolo paulistano.

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