Nuvem de gafanhotos é comum na África; veja países que sofreram com a praga
Juntos, insetos podem consumir em um dia a quantidade de pasto equivalente a 2 mil vacas
A nuvem de gafanhotos, que está a cerca de 250 quilômetros da fronteira da Argentina com o Rio Grande do Sul colocou as autoridades agropecuárias e produtores rurais em alerta. O temor é o dano que os insetos possam causar às lavouras e pastagens, se houver infestação.
Os vídeos da nuvem de gafanhotos se locomovendo por plantações e pastagens no país vizinho são assustadores. Em aproximadamente um quilômetro quadrado podem ter até 40 milhões de insetos, que consomem em um dia pastagens equivalentes ao que 2 mil vacas comem.
Nova nuvem de gafanhotos surge no Paraguai e preocupa brasileiros
Desde 1997, a FAO (braço da ONU para Agricultura e Alimentação) tem monitorado enxames desse inseto e alguns casos da praga se notabilizaram pelo mundo.
Em 2004, uma nuvem de gafanhotos atingiu o Cairo, em episódio que fez lembrar a passagem bíblica das Dez Pragas do Egito. Segundo a agência de notícias Reuters, o caso chamou a atenção porque o enxame atingiu uma metrópole com quase 15 milhões de habitantes. As imagens dos insetos tapando a visão das Pirâmides de Gizé correram o mundo.
Antes de chegaram ao Egito, a nuvem de gafanhotos havia causado estragos na Mauritânia, Mali e Níger, no norte da África. A praga também atingiu o Chipre, no Mediterrâneo.
No começo do ano, gafanhotos devastaram plantações inteiras no Quênia, Somália e Etiópi, no leste da África. A FAO classificou as infestações como as “ piores dos últimos 70 anos”.
Gafanhotos no México e na Espanha
De acordo com a FAO, a região do norte da África registra a maior parte dos registros de nuvens de gafanhotos. Mas outros continentes também foram atingidos pela praga nos últimos anos.
Em 2006, um enxame de gafanhotos invadiu o badalado destino turístico mexicano de Cancún, Os impactos às plantações da região preocupavam porque o país acabava e sofrer com o furacão Wilma.
Outro famoso destinos turísticos que registrou a praga foram as Ilhas espanholas das Canárias, que passou por uma série de enxames com cerca de 100 milhões de insetos em novembro de 2004.