A descoberta da NASA sobre a existência de cachoeira maior que as Cataratas do Niágara em Marte

Formações geológicas marcianas indicam que, há bilhões de anos, fluxos de água esculpiram o terreno de Marte

28/09/2024 16:59

A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) continua a expandir o nosso conhecimento sobre Marte, o planeta vermelho, e as recentes descobertas sugerem algo surpreendente: cachoeiras podem ter existido em Marte no passado.

De acordo com dados coletados por sondas e rovers, formações geológicas marcianas indicam que, há bilhões de anos, fluxos de água esculpiram o terreno de Marte de forma similar ao que vemos na Terra.

Evidências de cachoeiras em Marte

As principais evidências sobre a possível existência de cachoeiras marcianas vêm das imagens e análises capturadas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) e pelo rover Curiosity, ambos enviados pela NASA.

Essas missões descobriram vales profundos e penhascos íngremes, características comuns de áreas que, no passado, tiveram grandes volumes de água fluindo.

As imagens de alta resolução mostram a presença de canais e camadas de sedimentos que foram provavelmente moldados pela ação de água em movimento.

As imagens mostram a presença de canais que foram provavelmente moldados pela ação de água em movimento
As imagens mostram a presença de canais que foram provavelmente moldados pela ação de água em movimento - reprodução/photojournal.jpl.nasa.gov

Os cientistas especulam que, há cerca de 3,5 bilhões de anos, Marte possuía grandes corpos de água, como lagos e rios.

A interação desses corpos d’água com elevações abruptas pode ter dado origem a cachoeiras, similares às encontradas na Terra.

Além disso, o rover Curiosity encontrou evidências de minerais que só se formam na presença de água corrente, reforçando a ideia de que cachoeiras marcianas não são apenas uma hipótese, mas uma possibilidade real.

As investigações sobre possibilidade de vida no planeta vermelho

A descoberta de que cachoeiras podem ter existido em Marte tem implicações significativas para o entendimento do planeta e para futuras missões.

A presença de água líquida no passado aumenta a possibilidade de que o planeta tenha sido habitável em algum momento. Áreas que abrigaram grandes volumes de água podem ter sido locais propícios para o desenvolvimento da vida, mesmo que em formas microbianas.

Com a crescente quantidade de evidências, os cientistas da NASA estão focados em explorar regiões onde esses fluxos de água foram mais intensos, o que pode levar a descobertas sobre a existência de vida em Marte, ou pelo menos, condições favoráveis para ela.