Adeus aos dias de 24 horas! Astrofísico alerta que a rotação da Terra está acelerando e que poderemos enfrentar o dia mais curto da história em questão de semanas
Mudanças sutis na rotação do planeta já bateram recordes e levantam novas questões sobre tempo, Lua e tecnologia
A partir de 2020, cientistas notaram que os dias na Terra ficaram ligeiramente mais curtos. A diferença não chega a ser perceptível no cotidiano humano, mas é mensurável com precisão. O recorde até agora foi em 5 de julho de 2024, quando um dia teve 1,66 milissegundo a menos que o padrão de 86.400 segundos. A previsão é que novos recordes aconteçam este ano.
O que significa um dia mais curto?
Um dia solar deveria ter 24 horas exatas, mas a natureza nunca foi perfeitamente regular. A rotação da Terra varia devido a forças complexas, como atração lunar, movimento dos oceanos e mudanças no núcleo. Antes de 2020, a tendência era de dias mais longos, mas o planeta acelerou sua rotação de forma inesperada.
Relógios atômicos confirmam essa diferença com extrema precisão. São eles que mostram que não se trata de suposição, mas de registros confiáveis de laboratório. Cada milissegundo importa porque sistemas globais, de satélites a mercados financeiros, dependem de sincronização absoluta.

Impactos na tecnologia e no cotidiano
Na rotina das pessoas, nada muda de forma prática. O café da manhã continua sendo o café da manhã. Porém, para redes de telecomunicação, navegação por GPS e centros de dados, esses milissegundos fazem diferença. Quando a rotação se altera, softwares precisam corrigir os relógios para manter todos os sistemas alinhados.
Os ajustes são rotineiros e evitam problemas maiores. Para os engenheiros, a questão não é motivo de pânico, mas de adaptação a mudanças minúsculas, mas inevitáveis, na rotação terrestre.
Registros recentes e previsões para 2025
Desde 2020, os dias mais curtos se tornaram mais frequentes. Em 2021, o recorde foi 1,47 milissegundo abaixo do padrão; em 2022, 1,59; em 2023, 1,31; e em 2024, 1,66 milissegundo. A tendência intriga os cientistas, que ainda não têm uma explicação única para o fenômeno.
Um astrofísico já indicou que a coincidência com fases da órbita lunar pode ser relevante, mas não é uma prova definitiva.
Um olhar para o futuro distante
Em bilhões de anos, a tendência natural é que a rotação da Terra continue a desacelerar pela força da Lua, como já ocorreu no passado. No entanto, os registros atuais mostram uma aceleração temporária que ainda precisa ser entendida.
Mesmo que a longo prazo a gravidade lunar leve a uma sincronização entre Terra e Lua, o Sol mudará muito antes, tornando o planeta inabitável. Para agora, o foco dos cientistas é observar, medir e compreender esse comportamento inesperado.
Dias mais curtos não representam ameaça, mas são cientificamente importantes. Eles testam modelos, desafiam previsões e ajudam a aprimorar os sistemas que regulam o tempo no mundo moderno. A mensagem é clara: o planeta continua a surpreender, e a ciência segue atenta para medir cada detalhe dessa dança cósmica.