Anvisa proíbe venda de mais duas marcas de azeite que apresentam riscos à saúde; ao todo 6 foram vetadas

Anvisa reforça que os consumidores devem ficar atentos aos rótulos dos produtos adquiridos

27/05/2025 09:12

Anvisa reforça que os consumidores devem ficar atentos aos rótulos dos produtos adquiridos – JackF/istock
Anvisa reforça que os consumidores devem ficar atentos aos rótulos dos produtos adquiridos – JackF/istock - JackF/istock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, nesta segunda-feira, 26, a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de mais duas marcas de azeite de oliva no Brasil: La Ventosa e Grego Santorini. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e representa a terceira ação do tipo realizada apenas no mês de maio.

A proibição é resultado de uma denúncia encaminhada em outubro de 2024 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que já havia identificado irregularidades nos produtos durante ações de fiscalização. De acordo com o governo, os azeites dessas marcas apresentam riscos à saúde dos consumidores, em razão de dúvidas quanto à sua origem e composição.

As empresas responsáveis pelo envase dos produtos também estão sob questionamento. A Caxias Comércio de Gêneros Alimentícios, responsável pela marca La Ventosa, e a Intralogística Distribuidora Concept, ligada à Grego Santorini, tiveram seus CNPJs extintos por inconsistências cadastrais junto à Receita Federal, o que contribuiu para a decisão de veto.

Anvisa já proibiu 6 marcas de azeite em 2025

Na semana passada, outras quatro marcas também foram alvo da Anvisa: Almazara, Escarpas das Oliveiras, Alonso e Quintas D’Oliveira. Segundo o Mapa, esses produtos se enquadram na classificação de alimentos “corrompidos, adulterados, falsificados, alterados ou avariados”.

Ao todo, Anvisa já vetou a comercialização de 6 marcas de azeite apenas em 2025 – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ao todo, Anvisa já vetou a comercialização de 6 marcas de azeite apenas em 2025 – Marcelo Camargo/Agência Brasil - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A série de proibições teve início em outubro do ano passado, quando o Ministério da Agricultura realizou apreensões de lotes suspeitos e determinou o recolhimento de diversos produtos considerados inseguros. Na ocasião, a pasta alertou que a incerteza quanto à procedência e à composição dos azeites representava um risco sanitário significativo.

A Anvisa reforça que os consumidores devem ficar atentos aos rótulos dos produtos adquiridos e evitar o consumo de qualquer lote das marcas mencionadas. O órgão orienta ainda que eventuais denúncias sobre alimentos irregulares sejam feitas por meio de seus canais oficiais.

A fiscalização continua em andamento, e novas medidas podem ser adotadas caso outros produtos sejam identificados em situação semelhante.


Azeite de Oliva: Uma breve história de um dos alimentos mais antigos da humanidade

O azeite de oliva é um dos alimentos mais antigos e valorizados na história da humanidade. Sua origem remonta a milhares de anos e está fortemente associada às antigas civilizações mediterrâneas, como os egípcios, fenícios, gregos e romanos.

Em meio às inúmeras teorias sobre a sua origem, estudos científicos indicam que a produção do azeite de oliva começou na região do Mediterrâneo Oriental, particularmente em territórios que hoje correspondem a países como Líbano, Síria e Palestina.

No campo da arqueologia, alguns indícios revelam que o cultivo da oliveira e a extração do azeite começaram por volta de 6 mil anos atrás.