Horário de verão 2025: saiba qual a posição do governo sobre o retorno
Ministério de Minas e Energia confirma que a volta do horário de verão segue em análise, mas cenário energético atual não indica necessidade imediata
Suspensa desde 2019, a proposta de reinstaurar o horário de verão em parte do país começou a ganhar corpo. No entanto, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que não há previsão oficial para sua reimplementação neste ano, embora este seja um tema “permanentemente avaliado”.
Segundo o MME, a decisão leva em conta estudos sobre o pico de demanda de energia e a participação crescente da geração solar e fotovoltaica no sistema. Atualmente, os reservatórios estão em situação estável, com níveis dentro da normalidade para o período seco, o que garante o pleno atendimento energético até, pelo menos, fevereiro de 2026.
“Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia, conforme foi destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico”, diz o governo.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) continua acompanhando de perto o comportamento do sistema. O órgão fornece dados atualizados para embasar a decisão mais adequada sobre a volta ou não do horário de verão.

Por que o horário de verão foi suspenso
Criado para reduzir o consumo de energia elétrica no período noturno, o horário de verão adiantava os ponteiros em uma hora, permitindo que as atividades domésticas fossem concluídas ainda com luz natural. Essa estratégia ajudava a aliviar o Sistema Interligado Nacional (SIN) e reduzir o acionamento de usinas térmicas, mais caras e poluentes.
A medida foi suspensa em 2019, quando o governo federal concluiu que os hábitos de consumo de energia no Brasil haviam mudado. Antes, o pico de consumo ocorria no início da noite, e o adiantamento dos relógios ajudava a reduzir a demanda nesse período. Hoje, no entanto, o maior consumo ocorre no meio da tarde, período em que o horário de verão não traz benefícios significativos.