Maricoin, primeira criptomoeda LGBTQIA+ é lançada na Espanha
A moeda virtual está em teste piloto em Chueca, conhecido bairro LGBTQIA+ de Madri
Começou a “circular” na última sexta-feira, 31, em Madri (Espanha), a primeira criptomoeda LGBTQIA+ do mundo. Maricoin está em teste piloto em Chueca, conhecido como o bairro gay da capital espanhola, e envolve 10 empresas.
O nome Maricoin —um jogo de palavras que une maricón (um xingamento homofóbico em espanhol que é o equivalente a bicha em português) e coin (moeda, em inglês).
Segundo os criadores da primeira criptomoeda LGBTQIA+, a ideia é aproveitar o poder econômico da comunidade para “mudar o mundo”.
A moeda digital será aceita em empresas que assinaram um manifesto de igualdade. A lista tem de restaurantes e cafés a lojas e hotéis. O documento defende os direitos de pessoas LGBTQIA+ e de “todos os que sofrem de exclusão”.
“Já que movemos esta economia, por que nossa comunidade não deveria lucrar com isso, em vez de bancos, que muitas vezes não ajudam as pessoas LGBTQ+?”, diz Juan Belmonte, de 48 anos, cofundador da moeda virtual.
Antes mesmo que a Maricoin começasse a ser negociada, cerca de 8.000 pessoas já estavam em uma lista de espera para comprar a moeda virtual, que é apoiada pela Borderless Capital, firma de capital de risco com sede em Miami (EUA),.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Juan, que também é cabeleireiro e empresário, disse que a ideia de criar a Maricoin surgiu enquanto ele estava em uma festa com amigos na parada gay de Madri, em julho do ano passado.
O projeto embrionário, segundo o empresário, começou mesmo em 2017, quando o grupo ultraconservador HazteOir lançou uma campanha contra os direitos dos transgêneros enviando um ônibus pela Espanha com as palavras: “Meninos têm pênis, meninas têm vulvas. Não se deixe enganar.”