Microrganismos que decompõem plástico nos mares revelam nova esperança para os oceanos
Bactérias marinhas capazes de degradar PET e outros plásticos estão mudando a forma como lidamos com a poluição
Pesquisas recentes revelaram que certas bactérias marinhas desenvolveram enzimas capazes de degradar o plástico presente nos oceanos. Essa descoberta abre novas perspectivas para combater a poluição e reduzir o impacto ambiental causado pelo acúmulo de resíduos sintéticos no planeta.

Como as bactérias foram descobertas e o que elas são capazes de fazer
Cientistas identificaram essas bactérias em regiões onde há grande concentração de microplásticos. Elas se adaptaram para usar o plástico como fonte de energia, algo antes considerado improvável na natureza.
Esses microrganismos produzem enzimas específicas que quebram as cadeias do plástico em partículas menores, acelerando um processo que normalmente levaria séculos.
Quais tipos de plástico essas bactérias conseguem degradar
Nem todos os plásticos são iguais, e as bactérias têm maior eficiência em alguns tipos do que em outros. O processo depende da estrutura química e da capacidade da enzima de reconhecer o material.
Entre os tipos de plástico que já apresentaram resultados promissores nas pesquisas estão:
- PET (polietileno tereftalato): usado em garrafas e embalagens, é o mais estudado e o que apresentou maior taxa de degradação.
- PE (polietileno): presente em sacolas plásticas, é mais resistente, mas já há bactérias mostrando adaptação gradual.
- PU (poliuretano): comum em espumas e revestimentos, começa a apresentar resultados iniciais de decomposição biológica.

Por que essa descoberta representa um avanço ambiental importante
A ação dessas bactérias pode ajudar a reduzir o volume de resíduos plásticos nos mares, um dos maiores desafios ambientais da atualidade. Além disso, oferece uma alternativa natural aos processos industriais de reciclagem, que ainda consomem muita energia.
Apesar do potencial, as pesquisas ainda estão em fase experimental, e é necessário garantir que a aplicação dessas enzimas seja segura e eficiente em larga escala.
Como o futuro da biotecnologia pode transformar o combate ao plástico
O próximo passo dos cientistas é reproduzir essas enzimas em laboratório e aprimorar sua eficiência. A biotecnologia pode permitir o uso controlado dessas bactérias ou de suas enzimas para tratar resíduos de forma sustentável.
Com mais estudos e investimento, esse avanço pode se tornar uma das soluções mais promissoras para restaurar a saúde dos oceanos. Que tal acompanhar de perto as inovações que estão moldando o futuro do meio ambiente?