Mini-doc esmiúça o comportamento e questionamentos da geração Z
"TrueGen"expressa os principais comportamentos identificados na maior pesquisa já realizada sobre esta geração de jovens
A geração Z, formada por jovens nascidos depois de 1995, é totalmente diferente das gerações anteriores. São nativos digitais hiperconectados que recebem uma avalanche de informações e conectam assuntos em uma velocidade surpreendente. Entender como esses jovens influenciam o presente e o nosso futuro foi o objetivo de um estudo que gerou um mini-doc chamado “TrueGen, A Geração Da Verdade”.
O trabalho realizado pela Box 1824, agência especializada em comportamentos e tendências, em parceira com a McKinsey & Company entrevistou 2.500 jovens entre 14 e 22 anos das classes ABC de todo o Brasil em 2017. Para chegar a um desenho comportamental amplo da geração Z, foram usadas metodologias qualitativas e quantitativas.
Esses comportamentos mapeados foram transformados em uma expressão visual a partir de uma residência artística responsável pela criação do mini-doc. Ao longo de três semanas, nove realizadores somaram-se à equipe da Box 1824 e foram apresentados ao resultado do estudo. O time contou com a direção criativa de Julia Duarte, com a head de futures Lydia Caldana e a diretora de planejamento Luísa Bettio. A artista multimídia Igi Ayedun foi convidada para assumir a direção do vídeo.
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O mini-doc de 12 minutos, dispensa formatos audiovisuais lineares – tão conectados às gerações anteriores – para mirar no inalcançável objetivo da peça de pintar um auto-retrato de uma geração que, acima de tudo, não deseja se definir.
Para sentir um pouco o que é a geração Z, assista ao vídeo:
Para dar rosto e voz ao mini-doc, foram buscados representantes mais ilustrativos da geração Z e dos seus comportamentos identificados na pesquisa. Referências como Kylie Jenner e Gigi Hadid, expoentes máximo da geração, estão linkadas no projeto e jovens como Mc Soffia, Valentina Schultz, Desmond is Amazing (EUA), foram algumas das muitas parcerias que engrossaram e ampliaram a voz desse trabalho.
Mas por que os jovens de hoje são tão diferentes dos de ontem?
O estudo observou que os jovens do agora estão sempre buscando novos conceitos, vivem uma constante experimentação sexual, de identidade e expressão de gênero, quebrando uma série de preconceitos construídos e perpetuados por seus antepassados. Eles colocam em prática a cultura da soma: o que vale é o “e” e não o “ou”. Ou seja, um mesmo indivíduo pode mesclar diferentes características que eram tidas como inconciliáveis. Para eles, o importante é quebrar estereótipos e jamais se rotular.
Além disso, a nova geração é radicalmente inclusiva. Se no passado as pessoas tendiam a se relacionar com iguais em diferentes dimensões (posição política, gosto musical e orientação sexual, por exemplo), a geração Z tem como marca registrada relacionar-se com pessoas diversas.
De acordo com a pesquisa, é possível inferir que não apenas mulheres, negros ou LGBTQ+ são contra iniciativas de marcas que os ofendem. Os jovens dessa geração, de modo geral, são solidários entre si. Para se ter uma ideia, 81% dos entrevistados deixou de comprar e espalhou notícias de empresas que realizaram campanhas machistas, por exemplo.
Já 79% teve o mesmo comportamento com relação a empresas que realizaram campanhas racistas e 76% se comportaram dessa forma quando se tratavam de campanhas homofóbicas.
A tolerância e a capacidade de diálogo entre eles também foram questões observadas. 73% da geração Z escuta e respeita pessoas com opiniões diferentes. 54% evita entrar em confronto com a família quando discorda de algo e apenas 23% afirma não ter muita paciência com pessoas de opinião muito distintas da sua.
A diferença dessa geração para os Millennials, por exemplo, que eram muito combativos em relação às suas convicções, é que os jovens de agora têm grande poder de empatia e suas atitudes vêm como estímulo à construção e não à ruptura.