Picada por cobra, fotógrafa é encontrada na mata após 2 semanas desaparecida
Fotógrafa foi encontrada com um tornozelo torcido, desidratada e apresentava sinais da picada de uma cobra venenosa
A fotógrafa de vida selvagem Lovisa Sjoberg, de 48 anos, conhecida por seus amigos como Kiki, enfrentou uma verdadeira provação ao sobreviver sozinha por duas semanas na floresta após sofrer uma queda e ser picada por uma cobra venenosa. Kiki desapareceu nas remotas Snowy Mountains, na Austrália, onde havia se aventurado para fotografar cavalos selvagens, os “brumbies”, em seu habitat natural.
A descoberta de um SUV alugado abandonado a cerca de 450 km de Sydney, na Nova Gales do Sul, levou a empresa de aluguel a acionar a polícia em 21 de outubro. Em resposta, uma busca massiva foi iniciada, com helicópteros e ao menos 30 policiais e voluntários vasculhando as regiões inóspitas do Parque Nacional Kosciuszko, onde os brumbies se reúnem.
Duas semanas após o seu desaparecimento, no dia 27 de outubro, um guarda florestal encontrou Kiki deitada em uma trilha isolada, perto da cidade deserta de Kiandra.
Ela estava com um tornozelo torcido, desidratada e apresentava sinais da picada de uma cobra venenosa, a cabeça-de-cobre, cuja mordida poderia ter sido fatal sem tratamento médico. Apesar dos riscos extremos, a fotógrafa resistiu, surpreendendo a equipe de resgate.
“Nossas preocupações eram enormes, e estamos imensamente aliviados de que ela tenha sido encontrada em segurança”, comentou Toby Lindsay, superintendente da polícia de Nova Gales do Sul. Uma visitante frequente do parque, Kiki é conhecida também por sua atuação na defesa dos brumbies, posicionando-se contra ações governamentais que visam reduzir a população desses cavalos selvagens. Desde o ano passado, mais de 5.539 brumbies foram abatidos, uma questão polêmica que Lovisa documenta em seu trabalho.