‘Preciso viver meu luto’, diz namorada de Rafael Miguel

“Quero que isso acabe. Que isso se resolva. Quero justiça e quero paz. Preciso viver meu luto. Estou cansada. Bem cansada”, afirmou Isabela Tibcheran

13/06/2019 20:59

‘Preciso viver meu luto’, disse a namorada de Rafael Miguel, Isabela Tibcheran, de 18 anos, nesta quinta-feira, 13, em entrevista a TV Globo. A jovem que quer paz e justiça.

‘Preciso viver meu luto’, diz namorada de Rafael Miguel
‘Preciso viver meu luto’, diz namorada de Rafael Miguel - Reprodução/TVGlobo

O pai de Isabela, o comerciante Paulo Cupertino, de 48 anos, matou o rapaz e os pais dele no domingo, 9, em frente à casa onde a filha mora, no bairro Pedreira, na Zona Sul de São Paulo. Ele está foragido desde então.

“Quero que isso acabe. Que isso se resolva. Quero justiça e quero paz. Preciso viver meu luto. Estou cansada. Bem cansada”, afirmou a jovem.

Durante a entrevista concedida no escritório do seu advogado, na região do Ibirapuera, em São Paulo, Isbela se emocionou e disse que desde o dia do crime ainda não conseguiu descansar e assimilar tudo o que aconteceu. “Eu preciso chorar e aceitar, porque estou com a sensação de que ele vai voltar. Eu não quero esquecer, mas não quero remoer. Eu só quero ter paz. A situação é extremamente dolorosa e triste. Está me tirando do eixo.”
A jovem tem certeza de que não irá voltar para a casa em que vivia com os pais. “Um ambiente extremamente tóxico, com lembranças ruins. Eu não tenho motivos para estar lá”, disse. “Nem que desse eu voltaria para lá. Não tem a menor possibilidade. Nunca foi um lar.”

Isabela está na casa de uma amiga. Ela, o irmão e a mãe permanecem em contato um com os outros. “Eu pergunto como eles estão, se estão comendo. Estamos conversando”, afirmou.

12/06 comemorando o amor

Isabela contou que passou o dia dos namorados, celebrado na quarta-feira (12), no cemitério, ao lado do túmulo onde os corpos de Rafael e dos pais dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50, estão enterrados.

Ela levou flores azuis. “É a cor preferida dele. Não podia deixar passar em branco. Foi bom para não deixar no esquecimento”.