Profissionais da saúde de São Paulo entram em greve; entenda o motivo

Categoria cobra pagamento da Bonificação por Resultados e reajuste do auxílio-alimentação congelado desde 2018

02/10/2025 13:32

Mais de 50 mil profissionais da saúde de São Paulo entraram em greve por 48 horas, a partir de 1º de outubro, em protesto contra o não pagamento da Bonificação por Resultados (BR) no prazo estabelecido e a ausência de proposta para o reajuste do auxílio-alimentação, congelado desde 2018.

Segundo o SindSaúde-SP, a decisão ocorreu após o governo estadual, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), não cumprir o acordo firmado em julho durante mesa de negociação.

Impacto nos hospitais e serviços

O movimento atinge trabalhadores de hospitais da Administração Direta, unidades com gestão privatizada, hospitais das clínicas, além do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais aderiram à paralisação.

Apesar da greve, serviços essenciais seguem mantidos, mas a categoria alerta para o impacto na assistência devido à sobrecarga da equipe reduzida.

Profissionais da saúde de São Paulo entram em greve após descumprimento de acordo
Profissionais da saúde de São Paulo entram em greve após descumprimento de acordo - imaginima/istock

Reivindicações principais

  • Pagamento imediato da Bonificação por Resultados (BR);
  • Reajuste do auxílio-alimentação, parado há sete anos e atualmente de apenas R$ 12 por dia útil;
  • Inclusão de profissionais com menores salários nos reajustes;
  • Cumprimento dos prazos para revisão da Gratificação de Desempenho (Gdamspe) e da tabela do Prêmio de Incentivo.

Críticas ao governo

O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, criticou a falta de compromisso:

“É inadmissível o estado mais rico do país deixar trabalhadores sem reajuste e manter um vale-alimentação tão baixo. O governo se comprometeu e não cumpriu”, afirmou.

O SindSaúde-SP reforçou que, caso não haja avanço nas negociações, novas paralisações poderão ser organizadas. A categoria defende que somente a pressão coletiva pode garantir conquistas e evitar que os profissionais da saúde continuem desvalorizados.