Sol abre buraco gigante e dispara ventos que podem atingir a Terra neste fim de semana
Fenômeno pode provocar tempestades geomagnéticas neste fim de semana e gerar belas auroras boreais e austrais
Um enorme buraco coronal foi detectado na atmosfera do Sol, lançando uma corrente de vento solar em direção à Terra. Com cerca de 300 mil km de largura — o equivalente a alinhar 23 planetas como o nosso — o fenômeno tem formato de borboleta e foi registrado entre os dias 8 e 11 pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da NASA.
O que é um buraco coronal
Buracos coronais são regiões onde os campos magnéticos do Sol se abrem, permitindo que o vento solar escape em alta velocidade. Por isso, aparecem como manchas escuras nas imagens, já que há menos plasma quente presente nessas áreas.
Quando os ventos solares vão atingir a Terra
De acordo com a plataforma Spaceweather.com, o material ejetado deverá alcançar a Terra no domingo (14), provocando tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada). Essas tempestades podem gerar interferências em sistemas de comunicação, redes elétricas e satélites, mas também criar o espetáculo das auroras boreais e austrais.

Equinócios e o aumento das tempestades
As tempestades geomagnéticas tendem a ser mais comuns próximas aos equinócios, que ocorrem em março e setembro, quando o eixo da Terra se alinha com sua órbita. Esse alinhamento intensifica o chamado “efeito Russell-McPherron”, aumentando a interação entre os campos magnéticos terrestre e solar. Dados históricos mostram que, entre 1932 e 2014, esse tipo de tempestade ocorreu duas vezes mais nessa época do ano. Em 2025, o equinócio de setembro será no dia 22.
Impactos e beleza do fenômeno
Apesar dos riscos para tecnologias sensíveis, o fenômeno também oferece um espetáculo natural único. Auroras podem ser vistas em latitudes mais altas, criando luzes coloridas no céu. Em casos de tempestades mais intensas, como as de classe G4 e G5, elas podem ser visíveis até em regiões mais ao sul do planeta.