Pesquisas sugerem árvores no tratamento acústico de vias urbanas

Estudiosos da Bélgica implantaram estações de monitoramento de som em cidades europeias para desenvolver sistemas de redução de ruídos nas ruas

Em parceria com qsocial
18/10/2018 15:52

Sua casa fica perto de uma avenida bastante movimentada mesmo durante a noite? Então esta matéria vai trazer algum conforto para você. Em um evento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) realizado neste mês de outubro, na Bélgica, as emissões de ruído em ambientes urbanos receberam um tratamento especial nos debates – um tratamento acústico, por assim dizer.

O destaque ficou por conta de estações de monitoramento de som implantadas em cidades europeias com o intuito de encontrar formas de combater o barulho nas cidades.

O tratamento acústico contra ruídos urbanos pode ser feito com o plantio de árvores
O tratamento acústico contra ruídos urbanos pode ser feito com o plantio de árvores - Shutterstock/Han-Lin

Quem conduz esses estudos são pesquisadores da Universidade de Gante, na Bélgica. De alguns anos para cá, eles desenvolveram modelos matemáticos de previsão, propagação e difusão de ruídos de tráfego.

O objetivo desses estudiosos é fornecer subsídios para a criação de sistemas de tratamento acústico nos espaços urbanos. Por meio deles, os níveis de ruído para pedestres e moradores seriam diminuídos.

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Essa sustentabilidade auditiva conta com a ajuda de um aliado ambientalmente muito amigável: o plantio de árvores.

De acordo com Dick Botteldoren, professor da Universidade de Gante, elas contribuem para diminuir a propagação de som.

Dessa forma, ajudam a poupar os ouvidos dos transeuntes da gritaria das buzinas e dos roncos dos motores.

Além disso, contribuem também para a melhoria da qualidade do ar em termos de outros poluentes que não os sonoros.

As estações de monitoramento de som para a busca de modelos de tratamento acústico já foram implantadas em cinco cidades: Gante, Bruxelas e Antuérpia, na Bélgica; Roterdã, na Holanda; e Paris, na França.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.