Resíduos da indústria automobilística viram artigos de moda
Artigos de moda ganham um ar de sofisticação e responsabilidade social nas vitrines da NovoLouvre, marca curitibana que transforma em roupas e acessórios resíduos da indústria automobilística.
Em um trabalho artesanal feito em parceria com as costureiras da Associação Borda Viva, bancos estofados, cintos de segurança e restos de couro deixam de ir para o lixo e são reciclados em forma de bolsas, casacos, jaquetas e saias.
A primeira coleção-cápsula (fora da coleção principal da estação) da marca faz parte do Inverno 2018 e é composta por três bolsas e três looks completos, em um total de cinco peças.
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Para que a NovoLouvre tenha acesso ao material para produção das peças, foi firmada também parceria com o Instituto Renault do Brasil para doação de resíduos e restos de utensílios de sua indústria.
Segundo o instituto, como o trato é recente, “o volume de materiais entregue à associação para confecção de peças ainda é pequeno em relação ao total de sobras e resíduos produzidos pela indústria”.
Para se ter uma ideia, cada bolsa utiliza, em média, 0,5 metro quadrado de tecido de banco de carro, enquanto uma jaqueta exige cerca de 0,8 metro de couro dos assentos.
“Em breve, poderemos lançar peças para uma nova coleção. Estamos até cogitando montar um showroom para vender as peças na França, terra natal da Renault”, revela Mariah Salomão, estilista da NovoLouvre.
O processo de upcycling (que consiste em reaproveitar materiais descartados) estava nos planos da profissional há alguns anos, mas foi em 2017 que o projeto decolou de vez, quando a marca participou do primeiro dia do evento de moda paranaense ID Fashion.
As roupas só são vendidas sob encomenda no site, uma vez que o processo de produção é complexo e demanda tempo.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.