Alunos e professores se unem para ajudar tribo pernambucana

Os índios da tribo Fulni-ô vivem no município de Águas Belas, em Pernambuco. A aldeia de 11,5 mil hectares, localizada a 500 metros da cidade, passa por falta de água.

A seca já dura mais de cinco anos, segundo uma campanha em um site de financiamento coletivo. A caça e a pesca, atividades que eram praticadas regularmente, estão quase extintas, devido aos desmatamentos e à poluição dos rios da região.

Alunos e professores se unem para ajudar tribo pernambucana

A presença de uma índia Fulni-ô em uma palestra da FPA (Faculdade Paulista de Artes), relatando a situação que vivem, movimentou alunos e professores.

Tocado com o relato, um grupo organizou a campanha para arrecadar fundos e ajudar a tribo. Segundo a organização, muitas crianças estão adoecendo na aldeia.

“Em diversos momentos, passam pela falta d’água e até mesmo de alimentos”, explica a página da campanha. “O meio que utilizam para ‘se virar nos 30’ é armazenando água dos córregos que passam pela aldeia. Detalhe: é o esgoto que vem da cidade!”

A ideia inicial era usar o dinheiro para a construção de um poço, mas os estudantes e professores chegaram à conclusão que isso é, tecnicamente, inviável –já que não há água doce para enchê-lo.

Assim, a verba servirá para a encomenda de matéria-prima de artesanato, cuja confecção poderá gerar renda para comprar água para as famílias. A meta é obter resina, tinta, peças e ferramentas.

Alunos e professores se unem para ajudar tribo pernambucana

A tribo Fulni-ô

A população da tribo Fulni-ô é de aproximadamente 3.600 índios, que vivem do artesanato da palha do ouricuri, comercializado nas feiras livres da região. A agricultura de subsistência e a criação de bovinos e suínos também são meios de sobrevivência, prejudicados com a seca.

Os Fulni-ô eram conhecidos, antigamente, como Carijó ou Carnijó. A origem do nome Fulni-ô é muito antiga. Significa “povo da beira do rio” e está relacionada com o rio Fulni-ô, que corre ao longo da aldeia de Águas Belas –mas que de águas, constantemente, não tem nada.

Não se conhece o tempo de existência da tribo.

A ação está aberta apenas até o dia 2 de agosto. Caso você queira contribuir, clique aqui.