Paulistanos plantam ideias e ideais na zona norte

Promovido por INOVA

ANTES – Terreno com entulho que deu origem ao Hortão[/img]

Hoje, o Hortão Casa Verde contabiliza 44 plantas alimentícias não convencionais, muitas delas hortaliças com elevadas propriedades nutricionais (bertalha, capuchinha, cosmos, dente-de-leão, serralha, taioba, trapoeiraba, serralha, entre outras), que em geral são jogadas fora ou secam com o uso de herbicidas tóxicos.

Muitas vezes denominadas erroneamente de daninhas, invasoras, nocivas ou simplesmente mato, por brotarem espontaneamente entre espécies cultivadas, “são plantas que não estão na convenção dos nossos pratos por não serem comercialmente interessantes para as grandes corporações”, explica a paisagista.

“Mas, quando aprendemos a usá-las, nos reintegramos ao ambiente”, lembra Carmen, que também é astróloga. “E a grande sacada de tornar as pessoas mais responsáveis com a alimentação é diminuir especialmente o número de embalagens, porque, na verdade, consumimos mais coisas ruins, que trazem lixo, do que saúde.”

Nos finais de semana, o espaço, que tem cozinha, sala e banheiro construídos pelos voluntários com material reaproveitado de caçambas e ferros-velhos, abriga de cursos a feira de trocas. “Estamos sempre de portas abertas, mas, na verdade, vem cada um no seu tempo, e tudo acaba se auto-organizando”, diz ela.

A ideia do Hortão é compartilhar aprendizados e trocar conhecimentos. “Vivemos em um mundo onde as pessoas estão matando as árvores porque elas fazem sujeira no chão”, pontua. “Uma reeducação muito amorosa com a natureza precisa acontecer não só aqui, mas em muitos outros espaços das grandes cidades.”

Por QSocial