*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.
Aos 90 anos, nadadora coleciona medalhas de ouro
Ela está há mais de dez anos no Top 10 de todas as provas que participa da Fina (Federação Internacional de Natação), que reúne 9.000 atletas com mais de 25 anos do mundo inteiro. E já quebrou alguns recordes mundiais.
No Campeonato Mundial de Masters deste ano, no Canadá, subiu no lugar mais alto do pódio nada menos do que sete vezes: 200 m e 400 m medley; 50 m, 100 m e 200 m borboleta; e em dois revezamentos, 4 x 50 livre e 4 x 50 medley, na categoria 90-94 anos.
Italiana naturalizada brasileira, Nora Rónai, 90 anos, começou a competir como master em 1993, incentivada pelo também campeão Gastão Figueiredo, que a viu nadar em um clube. No ano seguinte, fez sua estreia em mundiais.
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“Há 20 anos eu estava muito verde. Nadava porque nadava, porque gostava. De lá para cá, adquiri uma certa experiência. Hoje o importante é manter o tempo, não piorar”, conta.
Com “quilos de medalhas” conquistadas, a nadadora diz que Montreal foi seu último mundial, o sexto. “Gosto da ideia de ter começado e encerrado um ciclo lá. Foi um ponto final.”
Ou seriam reticências? “Vou continuar nadando e competindo no Brasil”, diz a atleta, que nada 1.600 m em 1h15 de terça a sexta-feira. “Se me animar, quem sabe volto aos mundiais.”
E, para quem acha que idade é um empecilho para a prática de atividades físicas, ela é categórica: “Qualquer médico recomenda, fervorosamente, que as pessoas se mexam.”
Por QSocial