Artista usa Lego para restaurar construções danificadas

Por Cristina Luckner, da eduK

Jan Vormann é um artista alemão que viaja ao redor do mundo para interagir de uma forma criativa com muros, paredes e buracos. Seu trabalho, entitulado “Dispatchwork“, consiste em fazer “restaurações” utilizando peças coloridas de Lego, em construções danificadas. Sua obra pode ser vista em cidades como Londres, Nova York, Tel Aviv e outras.

‘Disptachwork’, trabalho do artista alemão, restaura muro em Paris

Pessoas como Jan Vormann tem essa peculiar habilidade de ver arte e beleza em tudo. As cores fortes das peças de Lego, que recriam os cenários por onde ele passa, quebram o aspecto mundano do ambiente cinza e urbano da cidade, você não concorda?

Por exemplo, quem já caminhou por algumas ruas de São Paulo, também vê intervenções semelhantes às de Vormann. Artistas do cotidiano são caprichosos e colocam trabalhar de crochê e tricô em postes, pintam paredes com arte e poesia, penduram vasos de plantas e flores feitos de garrafas pet em muros e ladrilham escadarias com pedrinhas brilhantes.

A cidade de Angsberg, na Alemanha, também recebeu a intervenção de Vormann

O artesanato transforma, inspira, muda a rotina — e a cara — da cidade. Você gosta de fazer trabalhos manuais? Já praticou alguma intervenção em sua cidade ou em sua casa? Se quer experimentar, que tal se aventurar e aprender aí mesmo, sentado, a fazer arte? Há cursos de artesanato  ao vivo e gratuitos na eduK, uma plataforma que oferece aulas voltadas a temas da economia criativa.

Mas e “o que significa tudo isso?”, alguém perguntou a Vormann. O artista diz que não há um significado por trás de seu trabalho. Seu objetivo é fazer com que as pessoas parem por um minuto, em meio a correria do dia a dia, prestem atenção e que se perguntem por que o Lego está ali. Vormann conta com o apoio de fundações e organizações e diz, em seu site, que graças a essa generosidade, uma verdadeira rede de participação foi criada.

E você, se inspirou com o trabalho do artista alemão? Depois de aprender algumas técnicas de artesanato, você mesmo pode começar seu próprio “Dispatchwork”. A cidade agradece — e quem vive nela também.